A informática já dominou os serviços automóveis em todo o mundo, mas depois de 2001, a tecnologia que monitora a emissão de poluentes nos carros distanciou montadoras/concessionárias das oficinas de reparação independente.
Até então, os automóveis podiam ter seu sistema eletrônico monitorado por computadores e sistema de scanner, mas depois da tecnologia de monitoramento de emissões, ficou mais difícil e caro para as oficinas adquirirem tais softwares de monitoramento dos carros. Isto porque tal tecnologia de emissões bloqueia outras informações do sistema.
Aliás, as próprias montadoras criam programas que mudam praticamente anualmente, assim dificultando cada vez mais a reparação de certos modelos por oficinas terceirizadas. Com isso, os lucros das revendas aumentam bastante, já que o consumidor não tem onde reparar seu veículo.
A partir de 2012, o Brasil terá 60% dos carros com tecnologia OBD-BR2, monitorando as emissões de poluentes e assim informando ao motorista caso haja um índice de emissões maior.
No entanto, a questão da reparação terceirizada ainda terá que ser bastante discutida. Calcula-se uma perda de US$5,8 bilhões por ano no setor de reparação independente por causa do bloqueio de informações.
Na Europa, questões ligadas ao direito de propriedade estão sendo discutidas, a fim de que o consumidor possa ter a opção de levar seu veículo em um serviço de reparação independente de acordo com sua preferência.
Leis que asseguram concorrência obrigam as montadoras a venderem o software de monitoramento de veículos para empresas independentes. E ainda mais, tais programas têm que custar um preço acessível para promover a livre concorrência.
Hoje uma análise revela que na Europa, o custo de um automóvel é representado por 40% o preço da compra, 40% o custo de manutenção e 20% seguro e outras taxas. Isso significa que adquirir um carro custa tanto quanto mantê-lo. Assim, sem uma livre concorrência na reparação, ficará cada vez mais difícil manter uma frota em condições de segurança e emissões.
Agradecimentos ao leitor Acrobata pela dica.
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