quinta-feira, 30 de junho de 2011

Só 9% dos presos do país têm atividade educacional, diz governo


São 40 mil detentos em salas de aula; 9,5 mil sendo alfabetizados na prisão.
Lei autoriza preso a reduzir um dia da pena a cada 12 horas de estudo.


Levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão do Ministério da Justiça responsável pelo sistema carcerário do país, aponta que apenas 40.014 presos possuem uma atividade educacional no Brasil. O número representa cerca de 9% do total dos detidos custodiados no sistema penitenciário, que chegava a 445.705 em dezembro de 2010.
Segundo o Depen, 9.583 detentos estão sendo alfabetizados. A maioria cursa o ensino fundamental: 22.028. Já no ensino médio são outros 6.468 (veja tabela abaixo).
Apenas 265 detentos no país possuem autorização judicial para deixarem suas celas e irem à faculdade. Outros 1.670 também deixam as prisões para fazer cursos técnicos.

Presos em atividade educacional*
Alfabetização 9.583
Ensino Fundamental 22.028
Ensino Médio 6.468
Ensino Superior 265
Cursos técnicos 1.670
Total 40.014
* Fonte: Depen
 Nesta quinta-feira (30), o governo federal publicou uma lei que autoriza os presos a terem remissão de pena quando estudarem.

Para cada 12 horas em sala de aula, os detentos terão um dia de pena reduzida. Além dos três ciclos (ensino fundamental, médio ou superior), também poderão ser consideradas as aulas de cursos profissionalizantes ou de requalificação profissional. De acordo com a lei, as aulas poderão ser presenciais ou à distância.
A lei prevê ainda um bônus para o caso de o detento concluir, na prisão, um dos três ciclos. "O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior (...) desde que certificada pelo órgão competente do sistema de educação."
Até janeiro de 2011, 63,5% dos presos no Brasil não tinham o ensino fundamental completo. Pelo menos 25.319 eram analfabetos e outros 55.783 dos 445,7 mil sabiam apenas ler e escrever.
Quantidade de presos por instrução (dezembro/2010)
Analfabeto 25.319
Alfabetizado 55.783
Ensino Fundamental Incompleto 201.938
Ensino Fundamental Completo 52.826
Ensino Médio Incompleto 47.461
Ensino Médio Completo 32.661
Ensino Superior Incompleto 3.134
Ensino Superior Completo 1.829
Ensino Acima do superior 72
* O restante não foi informado
Fonte: Depen
Ensino Fundamental
O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), aplicado em 13 de maio, teve 14.841 candidatos em unidades prisionais e socioeducativas, segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). O exame fornece certificado de ensino fundamental. O instituto não informou qual foi o índice de abstenção e ainda não divulgou a quantidade de candidatos que conseguiram certificado.

Segundo o instituto, 294 unidades prisionais aplicaram o exame em 20 estados e mais o Distrito Federal. Dessas, 23 eram femininas, sendo que 791 mulheres se inscreveram para a prova. O estado com mais inscritos foi São Paulo, com 8.545 candidatos restritos de liberdade, seguido do Rio de Janeiro, com 1.238 pessoas.
O participante é habilitado se atingir, no mínimo, cem pontos em cada área do conhecimento e cinco pontos na redação. Compete às Secretarias de Educação de cada estado utilizar o resultado e certificar o participante.


fundação casa (Foto: Daigo Oliva/ G1)Na Fundação Casa, em SP, adolescentes infratores
detidos também estudam (Foto: Daigo Oliva/ G1)
Enem
A última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebeu 14.473 inscrições de internos em cerca de 500 presídios e instituições correcionais. Mais de dez desses inscritos compareceram à prova, segundo o Inep. As provas foram aplicadas nos dias 15 e 16 de novembro do ano passado.
O exame dá certificação no ensino médio e acesso à educação superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Segundo dados do Inep divulgados em fevereiro, com as notas do Enem 2010, foram registradas 99 inscrições de presos no SiSU, com seis matrículas. No ProUni, houve 81 inscrições e dez aprovações. Obtiveram nota para certificação no ensino médio, em pelo menos uma área, 4.046 detentos.
São Paulo
Em São Paulo, a Fundação Professor Manoel Pedro Pimentel (Funap) é responsável pela educação dos detentos. A organização possui uma parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) em que educadores concursados forma presos voluntários para serem os professores dentre das celas. As aulas são desde alfabetização até ensino médio.
Para ensino superior e cursos técnicos, os presos precisam de autorizaçãom judicial para deixar as penitenciárias e isso normalmente ocorre com detidos condenados que cumprem pena no regime semi-aberto e com bom comportamento.
Na Fundação Casa, onde ficam abrigados menores infratores detidos, professores da rede estadual de ensino dão aulas para os meninos e meninas que estão nas 132 unidades do estado.

Opinião: Criança que pega coisas de amigos tenta suprir carência


Delito sinaliza que as coisas não vão bem.
Pais devem ajudar filho a compreender situação e a descobrir o que falta.


ilustração psicóloga (Foto: Arte/G1)
Um fato que acontece com certa frequência nas escolas é as crianças pegarem coisas que não são suas. Volta e meia, elas aparecem em casa com algo diferente. Justificam dizendo que pegaram emprestado do amigo. Sem que muitas vezes ele saiba do empréstimo.
O contrário também ocorre e chegam com o material desfalcado. Nem sempre têm certeza do que aconteceu. Às vezes está com o amigo, que também se esqueceu de dizer que pegou emprestado.
É certo que as crianças costumam trocar coisas entre si em comum acordo, o que não é do agrado dos pais. Eles ficam meio confusos se as crianças realmente trocaram ou simplesmente pegaram do amigo.
Quando são bem pequenas, guiadas pelo desejo, elas podem pegar coisas afirmando serem suas. Numa época em que ainda não conseguem discernir bem o que é seu e o que é do outro – o eu e o outro. Ela encontra algo e toma posse.
O que não significa que esta criança tenha tendência a roubar. É um aprendizado que está relacionado com seu desenvolvimento psíquico, experiências e orientações.
Aprendemos que não devemos pegar coisas que não são nossas. Quando acontece da criança chegar com algo que não é seu, ninguém precisa se desesperar. É preciso ensinar-lhe que não se deve fazer isso e orientá-la para que devolva o objeto. De preferência, ajudando-a a se colocar no lugar do outro, de como ela se sentiria se alguma criança ficasse com seu brinquedo, por exemplo.
No entanto, às vezes vemos crianças que extrapolam. Vão além de pegar emprestado um objeto sem que o amigo saiba. Pegam as coisas e as escondem, numa clara evidência de que sabem que aquilo não é correto. O que deixa a todos muito preocupados. Será um futuro marginal? Mas por que se ele tem tudo?
Nunca se possui tudo
As pessoas confundem o ter tudo material com o ter tudo. Para começar, nunca se possui tudo (e não me refiro às coisas materiais), tem sempre algo faltando. A falta é importante, impulsiona o indivíduo para ir em frente.
Às vezes, porém, faltam coisas muito mais preciosas do que aquela boneca que acabou de ser lançada ou o carrinho que só se encontra no exterior – e que o papai trouxe em sua última viagem.
Pode-se pensar que a criança que pega coisas, e que já tem a consciência de que esse ato não é correto, está buscando algo que ainda não sabe o que é. Tenta suprir uma carência, uma falta, uma ausência.
Com esse delito, sinaliza que as coisas não vão bem. E que precisa de ajuda. Ela própria não entende. O que ela compreende é que aquele objeto, que muitas vezes não tem um valor monetário significativo e do qual ela tem muitos parecidos (e por vezes mais bonitos), é muito necessário. Imprescindível. Parece carregado de algo que precisa. Mas é pura ilusão. Por ser uma ilusão, sua satisfação é momentânea e o ato tende a ser repetido.
É necessário ajudar essa criança para que ela possa compreender e dizer o que não vai bem com ela. Do que realmente precisa.
Na maioria das vezes não é algo difícil dos pais providenciarem, embora muitos tenham que aprender como fazê-lo. Seja sua atenção, seu carinho, um gesto de amor. Não se encontra numa loja ou num free shop. É algo que precisam desenvolver – amar seus filhos e estar próximos deles.
Claro que o ato em si deve ser reprimido. Ninguém deve sair por aí pegando coisas que não são suas, mas o mais importante é entendê-lo como um sinal de que as coisas não vão bem. Assim como as escolas devem ter uma compreensão que vá além do fato em si. Deste modo, pode-se ajudar essas crianças a serem mais felizes e a saberem do que realmente precisam. Sem ter que pegar nada do outro.

Professora usa xadrez para dar lições de matemática e combater bullying


Alunos mostraram melhora nas notas e no rendimento, diz educadora.
Estudantes voluntários ensinam jogo para outras crianças de Apiaí (SP).


Xadrez escola SP (Foto: Arquivo pessoal)Estudantes jogam xadrez em tabuleiro gigante
montado na E. E. Antonia Baptista Calazans Luz,
em Apiaí (SP) (Foto: Arquivo pessoal)
Uma vez por semana a professora de matemática Janice Corrêa Prestes, da escola estadual Professora Antonia Baptista Calazans Luz, em Apiaí, na região do Alto do Ribeira, no interior de São Paulo, dispensa o giz e a lousa para jogar xadrez com seus alunos. A prática, segundo a professora, ajuda os estudantes a ter mais concentração, a desenvolver suas habilidades cognitivas, a ser mais observadores, mais reflexivos e mais analíticos. Além disso, o jogo dá lições de respeito, ética, incentiva a amizade e a participação em competições. O xadrez também é usado em propostas de aumentar a autoestima do aluno e de combate ao bullying.
“Noventa por cento dos alunos gostam das aulas. Isso numa época de internet, computadores. Eles percebem que o jogo faz diferença na vida deles. A máquina não tem vida. Quando vão jogar, prestam atenção no outro, no olhar, na respiração”, disse Janice. “Quando analisam a jogada, eles têm que fazer uma síntese como nos exercícios." Segundo ela, cada peça do xadrez tem um significado que pode ser usado para desenvolver a autoestima do estudante.
arte xadrez (Foto: Editoria de Arte/G1)arte xadrez (Foto: Editoria de Arte/G1)
Desde o início do projeto, em 2002, Janice percebeu melhora no rendimento e nas notas dos estudantes. "A escola teve nota acima da média nos testes do governo", disse. Outros professores aderiram à ideia. Os estudantes têm aula sobre a origem do xadrez na aula de história e sobre a trajetória do jogo em geografia. Praticam ainda na aula de educação física.
A professora Janice Corrêa Prestes desenvolveu projeto para o uso do xadrez como forma e combate ao bullying (Foto: Arquivo pessoal)A professora Janice Corrêa Prestes desenvolveu
projeto para o uso do xadrez como forma e combate
ao bullying (Foto: Arquivo pessoal)
Milena Gabriely dos Santos, de 17 anos, faz o terceiro ano do ensino médio. Tem aulas com a professora Janice desde a 5ª série. “O tabuleiro é matemática. O número de casas pode ser representado por uma fração, dar noção de simetria, equivalência, de horizontal, vertical, diagonal. Usei em um trabalho sobre cônicas e polígonos”, disse. A adolescente já decidiu que vai prestar vestibular para medicina. “O xadrez ajuda a lidar com o futuro, a tomar decisões sob pressão, a pensar nas consequências do que fazemos.”
Hoje, cerca de 20 alunos de Janice são voluntários em outras escolas no contraturno das aulas. Ensinam xadrez a outros estudantes. Jogam em casa também, com irmãs, primos, amigos e fazem de tudo para ensinar aos pais.
Emanuele Aparecida Corrêa Camargo e Deiciane Jhenielly de Almeida Cunha, ambas de 15 anos e alunas do segundo ano do ensino médio, fazem parte do grupo de voluntários. “Queria passar algo para alguém. Está sendo bom de ver meus alunos aprendendo”, disse Emanuele. “Fiquei mais próxima da minha família, mais paciente, o jogo me trouxe mais calma”, disse Deiciane.
Xadrez na escola (Foto: Arquivo pessoal)Xadrez na sala de aula (Foto: Arquivo pessoal)
Combate ao bullying
Com um prêmio em dinheiro que o projeto ganhou, a escola construiu um tabuleiro e peças gigantes para os alunos jogarem no pátio. Os alunos criaram uma gincana com perguntas de matemática e conhecimentos gerais. Quem acerta caminha no tabuleiro gigante.
Há dois meses, os alunos criaram um projeto de combate ao bullying e ao preconceito em que usam o xadrez. Os estudantes usaram as peças do jogo para falar sobre o bullying às pessoas que passavam pela praça da cidade. Alguns consideram que o peão é nada, mas dependendo da jogada, pode ser a peça mais importante. O cavalo tem força, mas não pisa nos adversários", destaca a professora.
O projeto do uso do xadrez nas escolas, da professora Janice, levou o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) a escrever um projeto de lei que obriga todas as escolas a ensinar xadrez aos estudantes. O texto já passou por comissões da Assembleia Legislativa e está na fila para votação no plenário.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Movimento promove marcha em Brasília contra exame da OAB


Bacharéis de Direito se reuniram na Praça dos Três Poderes.
No protesto, participantes chamaram exame de ''inconstitucional".


O Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito (MNBD) promoveu nesta terça-feira (28), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, uma marcha contra o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os bacharéis pedem à Procuradoria Geral da República que leve a matéria que trata sobre a inconstitucionalidade da aplicação da prova para julgamento no  Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com William Jones, presidente do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito, a prova, que concede aos recém-formados o direito de advogar, é inconstitucional.
Foto OAB (Foto: G1)Manifestantes protestam na Praça dos Três Poderes contra exame da OAB (Foto: G1)

"A OAB está tornando os bacharéis em officeboys de luxo. Além disso, eles estão invadindo uma competência que é do MEC, de avaliar a qualidade dos cursos. São cinco anos de faculdade e não quatro horas de prova que fazem um advogado", defende.
Segundo ele, o grupo aguarda mais manifestantes para tentar dar um "abraço" no STF e em seguida caminhar até a sede da OAB com faixas e apitos.

Professor dá aula sobre potência média




Grandeza mede o quão rápido varia uma certa energia.
Assista ao vídeo.


Élcio Silveira, professor de física do Cursinho Anglo, dá uma aula sobre potência média.
A potência média é definida como variação de uma certa energia em um certo intervalo de tempo. É uma grandeza que mede o quão rápido varia uma certa energia.
Confira aula completa em vídeo.
Veja vídeos de Vestibular e Educação

Linha de cadernos escolares traz game de Realidade Aumentada


Código no caderno mostrado para webcam traz o game gratuito no PC.
Crianças podem pilotar carro ao girar o item para os lados.


game carros caderno (Foto: Divulgação)game carros caderno (Foto: Divulgação)
Uma linha de cadernos para crianças baseada no filme "Carros 2" traz um game gratuito, em Realidade Aumentada, que pode ser jogador em qualquer computador. Um código no verso do item traz um código que, ao ser mostrado para uma webcam, apresenta um game de corrida na tela do computador.
O jogo apresenta uma volta rápida com Relâmpago McQueen, personagem principal de "Carros 2", e a criança utiliza o próprio caderno como volante para controlar o carro na pista. para jogar, é necessário ter uma webcam e uma conexão à internet, já que é necessário acessar o site da empresa para acessar o título. O jogo da linha de cadernos da Foroni foi desenvolvido pela agência Intuitive Appz.
A coleção de cadernos com o game estará disponível apenas em meados de julho. Os preços variam de acordo com o modelo do produto, de R$ 3 (caderno brochura 48 folhas) até R$ 48 (caderno universitário com 300 folhas).

USP aprova a criação de mais 120 vagas em cursos de engenharia


Campus de Lorena terá mais três cursos de engenharia.
Esalq, em Piracicaba, terá bacharelado em administração.


O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou na noite desta terça-feira (28) a criação de três novos cursos de engenharia no campus de Lorena, no interior de São Paulo, e o bacharelado em administração, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), no campus de Piracicaba. Também foi aprovada a transferência da graduação de engenharia de petróleo da Escola Politécnica (Poli), em São Paulo, para Santos, no litoral.
Com a mudança, mais 120 novas vagas em engenharia e outras 40 em administração serão disponibilizadas no próximo vestibular da Fuvest, cuja primeira fase ocorre em 27 de novembro.
Em Lorena, serão 40 vagas para o curso noturno de engenharia de produção, 40 vagas para o curso diurno de engenharia ambiental e 40 vagas para engenharia física no período diurno, graduação inédita na USP.
Atualmente, a Escola de Engenharia de Lorena (EEL), criada em 2006, oferece quatro tipos de curso de engenharia: química (80 vagas no período diurno), industrial química (80 vagas no período noturno), materiais (40 vagas no período diurno) e bioquímica (40 vagas no período diurno).
Outra mudança que aprovada nesta terça é a substituição do curso de engenharia industrial química pelo de engenharia química. Atualmente, a universidade oferece somente a graduação de engenharia química no período diurno. Com a mudança, a EEL passará a disponibilizar160 vagas em engenharia química, sendo 80 durante o dia e 80 à noite.
Engenharia no litoral
O diretor da Poli, José Roberto Cardoso, disse que o curso terá em Santos as mesmas dez vagas que disponibiliza hoje em São Paulo. A meta, no entanto, é aumentar esse número para 50 em curto prazo. Em Santos, o curso funcionará num prédio no bairro Vila Matias, na região central da cidade, que já abrigou uma escola no passado.
De acordo com o diretor da Poli, a transferência preenche uma lacuna na cidade de Santos, que hoje não tem nenhuma unidade de uma universidade pública paulista. O objetivo, segundo Cardoso, é atender a demanda que será gerada pelo grande desenvolvimento da área de petróleo e gás que a Baixada Santista vai ter por causa da instalação da Petrobras, para a exploração do petróleo da camada pré-sal da Bacia de Santos.
Saúde
Pelo menos dois novos cursos de bacharelado na área da saúde estarão disponíveis no próximo vestibular da Fuvest. São eles: ciências biomédicas e saúde pública, ambos com 40 vagas cada.

Guia de carreiras: educação física


Leque de atuação vai de academias a escolas e empresas.
Saber lidar com pessoas é característica essencial.


Renata Rodrigues foi atleta na infância e sempre praticou atividades físicas. No ensino médio, estudou magistério. Na hora de escolher a faculdade, foi direto para educação física. Hoje, depois de 19 anos de formada, gerencia o departamento aquático de uma academia no Rio de Janeiro, dá aulas para educação infantil em escola pública e é professora de pós-graduação. “O profissional tem um leque grande de atuação”, disse.
Arte educação física (Foto: Arte/G1) (Arte/G1)
Na faculdade, há três opções de formação: bacharelado, licenciatura e licenciatura plena. Na primeira, o profissional pode trabalhar em academias, clubes e em empresas. Quem faz licenciatura pode dar aulas em escolas. Para ter licenciatura plena e poder atuar em qualquer área, os formados no bacharelado ou na licenciatura têm de estudar de um ano a um ano e meio a mais.
Quem quer trabalhar em academia pode se especializar na área aquática, como Renata, ou optar por musculação, esportes, desenvolvimento motor ou ginástica. Pode atuar ainda como personal trainer. Na área corporativa, há procura por educadores físicos para ensinar ginástica laboral. “As empresas já perceberam que o número de afastados diminui quando um professor de educação física faz um trabalho preventivo”, disse Renata.
Educadores físicos devem ser dinâmicos, ter inteligência emocional, devem ser comprometidos, otimistas e tem de se manter atualizados, segundo Renata. “É uma profissão muito viva. Tem novidade o tempo todo. Tem que estudar muito.” Além disso outras características importantes são um bom caráter, boa índole, ser bom ouvinte e ser bom comunicador. “O essencial é saber lidar com pessoas”, disse.
Para entrar na área, Renata fez estágios em várias áreas durante a faculdade. “Fiz de tudo um pouco, escola, academia”, disse. Nessa época, descobriu que gostava de trabalhar com crianças e manteve o foco nisso. “O profissional tem que conhecer todas as áreas, descobrir suas vocações e desenvolvê-las”, disse.
O piso salarial do sindicato no estado de São Paulo começa em cerca de R$ 1.200 para profissionais de academia e R$ 1.400 para quem dá aulas, mas pode ser maior dependendo do mercado. “A remuneração depende do setor e da região. Escolas particulares remuneram bem. A rede pública deixa a desejar. Nas academias, ainda há informalidade, mas a tendência é diminuir”, afirmou Renata, que é membro do Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro.
A dica de Renata para iniciantes é que procurem empresas “corretas” para trabalhar, que registrem os funcionários com o salário total na carteira profissional e que cumpra a legislação. “Temos buscado a valorização do profissional”, disse.
Veja a lista das instituições que oferecem curso superior de educação física
Abeu - Centro Universitário - Uniabeu
Centro de Ensino Superior de Uberaba - Cesube
Centro de Ensino Superior do Amapá - Ceap
Centro de Estudos Superiores de Maceió - Cesmac
Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal - Unipinhal
Centro Superior de Ensino e Pesquisa de Machado - Cesep
Centro Universitário Adventista de São Paulo - Unasp
Centro Universitário Amparense - Unifia
Centro Universitário Anhangüera - Unifian
Centro Universitário Augusto Motta - Unisuam
Centro Universitário Barriga Verde - Unibave
Centro Universitário Campos De Andrade - Uniandrade
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium - Unisalesiano
Centro Universitário Celso Lisboa - UCL
Centro Universitário Central Paulista - Unicep
Centro Universitário Claretiano - Ceuclar
Centro Universitário da Cidade - Univercidade
Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos - Unifeb
Centro Universitário da Fundação Educacional Guaxupé - Unifeg
Centro Universitário da Grande Dourados - Unigran
Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino - FAE- Unifae
Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU
Centro Universitário de Anápolis - Unievangélica
Centro Universitário de Araraquara - Uniara
Centro Universitário de Barra Mansa - UbBM
Centro Universitário de Belo Horizonte - Uni-Bh
Centro Universitário de Brasília - Uniceub
Centro Universitário de Brusque - Unifebe
Centro Universitário de Caratinga - Unec
Centro Universitário de Desenvolvimento Do Centro-Oeste - Unidesc
Centro Universitário de Formiga - Uniformg
Centro Universitário de Itajubá - Universitas
Centro Universitário de Jales - Unijales
Centro Universitário de João Pessoa - Unipê
Centro Universitário de Maringá - Ceumar - Cesumar
Centro Universitário de Patos de Minas - Unipam
Centro Universitário de Rio Preto - Unirp
Centro Universitário de Sete Lagoas - Unifemm
Centro Universitário de União da Vitória - Uniuv
Centro Universitário de Várzea Grande - Univag
Centro Universitário de Volta Redonda - Unifoa
Centro Universitário de Votuporanga - Unifev
Centro Universitário do Cerrado-Patrocínio - Unicerp
Centro Universitário do Distrito Federal - UDF
Centro Universitário do Espírito Santo - Unesc
Centro Universitário Do Instituto De Ensino Superior Coc - COC
Centro Universitário Do Leste De Minas Gerais - Unilestemg
Centro Universitário Do Maranhão - Uniceuma
Centro Universitário Do Norte Paulista - Unorp
Centro Universitário Do Norte - Uninorte
Centro Universitário Do Planalto De Araxá - Uniaraxá
Centro Universitário Do Sul De Minas - Unis-MG
Centro Universitário Do Triângulo - Unitri
Centro Universitário Estácio Radial De São Paulo - Estácio Uniradial - Radial
Centro Universitário Euro-Americano - Unieuro
Centro Universitário Fieo - Unifieo
Centro Universitário Filadélfia - Unifil
Centro Universitário Franciscano Do Paraná - FAE
Centro Universitário Geraldo Di Biase - UGB
Centro Universitário Herminio Ometto De Araras - Uniararas
Centro Universitário Ítalo-Brasileiro - Uniítalo
Centro Universitário Jorge Amado - Unijorge
Centro Universitário La Salle - Unilasalle
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - Uniasselvi
Centro Universitário Luterano De Ji-Paraná - Ceulji/Ulbra
Centro Universitário Luterano De Manaus - Ceulm/Ulbra
Centro Universitário Luterano De Palmas - Ceulp
Centro Universitário Luterano De Santarém - Ceuls
Centro Universitário Metodista Bennett - Bennett
Centro Universitário Metodista - IPA
Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix - IMIH
Centro Universitário Metropolitano De São Paulo - Unimesp
Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos - Unimsb
Centro Universitário Módulo - Módulo
Centro Universitário Monte Serrat - Unimonte
Centro Universitário Moura Lacerda - CUML
Centro Universitário Nilton Lins - Uniniltonlins
Centro Universitário Nossa Senhora Do Patrocínio - Ceunsp
Centro Universitário Padre Anchieta - Unianchieta
Centro Universitário Para O Desenvolvimento Do Alto Vale Do Itajaí - Unidavi
Centro Universitário Planalto Do Distrito Federal - Uniplan - Uniplan
Centro Universitário Plínio Leite - Unipli
Centro Universitário Salesiano De São Paulo - Unisal
Centro Universitário Sant´Anna - Unisant'anna
Centro Universitário São Camilo - Espírito Santo - São Camilo-Es
Centro Universitário Toledo - Unitoledo
Centro Universitário Unirg - Unirg
Centro Universitário Univates - Univates
Centro Universitário Vila Velha - UVV
Escola De Educação Física De Assis - Eefa
Escola Superior da Amazônia - Esamaz
Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação de Sorocaba - Esamc Sorocaba
Escola Superior de Criciúma - Esucri - Esucri
Escola Superior de Cruzeiro "Prefeito Hamilton Vieira Mendes" - Esefic
Escola Superior de Educação Física de Jundiaí - Esefj
Escola Superior de Educação Física de Muzambinho - Esefm
Escola Superior de Tecnologia e Educação de Rio Claro - ESRC
Escola Superior Madre Celeste - Esmac
Escola Superior São Francisco de Assis - Esfa
Faculdade Adventista de Hortolândia
Faculdade Aliança - Face
Faculdade Alvorada de Educação Física e Desporto - Faefd
Faculdade Anglo-Americano - FAA
Faculdade Anhangüera de Bauru
Faculdade Anhangüera de Campinas
Faculdade Anhanguera de Pelotas -
Faculdade Anhanguera de Taboão Da Serra - Fats
Faculdade Araguaia - Fara
Faculdade Asces - Asces
Faculdade Assis Gurgacz - FAG
Faculdade Atenas
Faculdade Aum
Faculdade Avantis - Avantis
Faculdade Barão do Rio Branco - FAB
Faculdade Boa Viagem - FBV
Faculdade Brasília de São Paulo - Fabrasp
Faculdade Calafiori - Calafiori
Faculdade Campo Real - Campo Real
Faculdade Capixaba de Nova Venécia -
Faculdade Carlos Drummond de Andrade - FCDA
Faculdade Católica do Ceará - FCC
Faculdade Católica Rainha da Paz de Araputanga - FCarp
Faculdade Católica Rainha do Sertão - FCRS
Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Faculdade Cenecista de Osório - Facos
Faculdade Centro Mato-Grossense
Faculdade Cidade de Coromandel - FCC
Faculdade Cidade de João Pinheiro - FCJP
Faculdade Cidade de Patos de Minas - FPM
Faculdade da Cidade de Santa Luzia - Facsal
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana - Faseh
Faculdade da Serra Gaúcha - FSG
Faculdade de Administração de Fátima do Sul - FAFS
Faculdade de Americana - FAM
Faculdade de Aracaju - Facar
Faculdade de Ciências Agrárias e da Saúde - FAS
Faculdade de Ciências Aplicadas de Cascavel - Faciap
Faculdade de Ciências Aplicadas Doutor Leão Sampaio - FLS
Faculdade de Ciências Biomédicas e Cacoal - Facimed
Faculdade de Ciências da Saúde Archimedes Theodoro - FAC - Saude Arthe
Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas Santa Rita de Cássia - Faceas
Faculdade de Ciências e Letras - Academia de Ensino
Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista - FESB
Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí - Factu - Factu
Faculdade de Ciências Humanas e Biológicas e da Saúde - FCHBS
Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína - Fahesa / ITPAC
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas - Facsãoluís
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - Faculdade Ages
Faculdade de Ciências Humanas - Imensu
Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Sinop - Facisas
Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva - Fait
Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Diamantino - Uned
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto - Faiesp
Faculdade de Colider - Facider
Faculdade de Educação Ciências e Letras de Ponta Porã - Feclepp
Faculdade de Educação e Meio Ambiente - Faema
Faculdade de Educação Física da Associação Cristã de Moços de Sorocaba - Fefiso
Faculdade de Educação Física de Araguaína - ITPAC
Faculdade de Educação Física de Barra Bonita - Faefi
Faculdade de Educação Física de Foz do Iguaçu - Fepi
Faculdade de Educação São Francisco - Faesf
Faculdade de Ensino e Cultura do Ceará - Faece
Faculdade de Ensino Superior de São Miguel do Iguaçu - Faesi
Faculdade de Ensino Superior do Centro do Paraná - UCP
Faculdade de Ensino Superior do Interior Paulista - Faip
Faculdade de Ensino Superior Dom Bosco - Facdombosco
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Mandaguari - Fafiman
Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São José Do Rio Pardo - FFCL
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba - Fafich
Faculdade de Formação de Professores de Goiana - FFPG
Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada - Fafopst
Faculdade de Getúlio Vargas - Faculdade Ideau
Faculdade de Jaguariúna - FAJ
Faculdade Delta - Facdelta
Faculdade de Macapá - Fama
Faculdade de Mauá - Fama - Fama
Faculdade de Minas - Faminas
Faculdade de Palmas - Fapal
Faculdade de Pato Branco - Fadep
Faculdade de Pindamonhangaba - Fapi
Faculdade de Presidente Prudente - Fapepe
Faculdade de São Lourenço - Fasama
Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí - Novafapi
Faculdade de Taquaritinga - FSG
Faculdade de Tecnologia e Ciências de Itabuna - FTC
Faculdade de Tecnologia e Ciências de Vitória Da Conquista - FTC
Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC Salvador
Faculdade de Viçosa - FDV
Faculdade de Vinhedo - FV
Faculdade Diadema - FAD
Faculdade do Clube Náutico Mogiano - Fcnm
Faculdade do Futuro - FAF
Faculdade Dom Bosco - FDB
Faculdade do Recife - Farec
Faculdade dos Guararapes - FG
Faculdade do Sul - Facsul
Faculdade do Vale do Jaguaribe - FVJ
Faculdade Educação Física de Passos - Fadef
Faculdade Educacional de Dois Vizinhos - Faed
Faculdade Estácio de Alagoas - Estácio Fal - FAL
Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte - Fesbh
Faculdade Estácio de Sá de Goiás - Fesgo
Faculdade Estácio de Sá de Juiz De Fora - Fesjf
Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos - Faeso
Faculdade Estácio de Sá de Vitória - Fesv
Faculdade Estácio de Sergipe - Estácio Fase - Fase
Faculdade Estácio do Ceará - Estácio Fic - FIC
Faculdade Estácio Euro- Panamericana e Humanidades e Tecnologias
Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras De Paranavaí - Fafipa
Faculdade Exponencial - FIE
Faculdade Fasipe - Fasipe
Faculdade Flamingo
Faculdade Guairacá - FAG
Faculdade Horizontes - FH
Faculdade Ingá
Faculdade Integração Tiete - Fit
Faculdade Integrada da Grande Fortaleza - FGF
Faculdade Integrada Metropolitana de Campinas - Metrocamp
Faculdade Integrado de Campo Mourão - CEI
Faculdade Interlagos de Educação e Cultura - Fintec
Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná - Facinor
Faculdade Jangada - FJ
Faculdade La Salle
Faculdade Maria Milza - Famam
Faculdade Mario Schenberg - FMS
Faculdade Mato Grosso do Sul - Facsul
Faculdade Mauá de Brasília - Mauadf
Faculdade Maurício de Nassau de João Pessoa - FMN João Pessoa
Faculdade Maurício de Nassau - FMN
Faculdade Max Planck - Aesi
Faculdade Mercúrio - Famerc
Faculdade Metodista de Santa Maria - Fames
Faculdade Metodista Granbery - FMG
Faculdade Metropolitana de Blumenau - Fameblu
Faculdade Metropolitana de Marabá - Metropolitana
Faculdade Metropolitana de Maringá - Unifamma
Faculdade Metropolitana São Carlos - Famesc
Faculdade Metropolitana - Unnesa
Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Famoesp
Faculdade Montenegro - FAM
Faculdade Natalense de Ensino e Cultura - Fanec
Faculdade Natalense para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte - FARN
Faculdade Network - NWK
Faculdade Nobre de Feira de Santana - FAN
Faculdade Nordeste - Fanor
Faculdade Nossa Cidade - FNC
Faculdade Padrão
Faculdade Pinhalzinho - Horus
Faculdade Pitágoras de Belo Horizonte - FPAS
Faculdade Pitágoras de Betim - Pitágoras-Betim
Faculdade Pitágoras de Ipatinga - FPI
Faculdade Pitágoras de Linhares
Faculdade Pitágoras de São Luiz
Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas - Pit Teixeira
Faculdade Pitágoras de Uberlândia - Pit Uberlândia
Faculdade Politec - FAP
Faculdade Porto Das Águas - Fapag
Faculdade Presbiteriana Gammon - Fagammon
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Aimorés - Funec Aimorés
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Almenara - Funec Almenara
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Bom Despacho-
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Campo Belo - Funees Campo Belo
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Conselheiro Lafaiete
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Governador Valadares - FAU G. Valadares
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ipatinga
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Itabira - Funees Itabira
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Itajubá
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Leopoldina
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Matozinhos - Funees Matozinhos
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ponte Nova
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ribeirão das Neves
Faculdade Presidente Antônio Carlos de São João Del Rei
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Teófilo Otoni
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ubá
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Uberlândia
Faculdade Ranchariense - FRAN
Faculdade Regional da Bahia - Farb
Faculdade Regional de Alagoinhas - Faral
Faculdade Ruy Barbosa - Frba
Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI
Faculdade Salesiana do Nordeste - Fasne
Faculdade Sant'ana - Iessa
Faculdade Sant´Anna de Salto - Fasas
Faculdade Santa Rita - Fasar
Faculdade Santa Terezinha - Fast
Faculdade Santo Agostinho - Fsa
Faculdade Santo Antônio de Pádua - Fasap
Faculdade São Francisco de Barreiras - Fasb - Fasb
Faculdade São Tomás de Aquino - Facesta
Faculdades de Dracena
Faculdades Esefap
Faculdades Integradas Asmec - Asmec
Faculdades Integradas Claretianas - Fic
Faculdades Integradas de Ariquemes - Fiar
Faculdades Integradas de Bauru - Fib
Faculdades Integradas de Botucatu - Unifac
Faculdades Integradas de Fernandópolis - Fife
Faculdades Integradas de Itararé - Fafit-Facic
Faculdades Integradas de Jacarepaguá - Fij
Faculdades Integradas de Patos - Fip
Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - Firp
Faculdades Integradas de Santa Fé do Sul - Funec
Faculdades Integradas de Três Lagoas - Aems
Faculdades Integradas do Brasil - Unibrasil
Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia - Unisulbahia
Faculdades Integradas do Oeste de Minas - Fadom
Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu
Faculdades Integradas do Vale do Ribeira - Fivr
Faculdades Integradas Einstein de Limeira - Fiel
Faculdades Integradas Espírita - Fies
Faculdades Integradas Facvest - Facvest
Faculdades Integradas Fafibe - Fafibe
Faculdades Integradas Maria Thereza - Famath
Faculdades Integradas Padre Albino - Fipa
Faculdades Integradas Regionais de Avaré - Fira
Faculdades Integradas São Judas Tadeu - SJT
Faculdades Integradas São Pedro - Faesa
Faculdades Integradas Stella Maris De Andradina - Fisma
Faculdades Integradas Torricelli - Fit
Faculdade Social da Bahia - Fsba
Faculdade Sogipa de Educação Física
Faculdades Pitágoras Unidade Guarapari - Fipag
Faculdade Sudamérica - Sudamérica
Faculdades Unidas do Vale do Araguaia - Univar
Faculdades Unificadas Doctum de Guarapari - Faculdades Doctum
Faculdades Unificadas Doctum de Teófilo Otoni - Faculdades Doctum
Faculdade Terra Nordeste - Fatene
Faculdade Ubaense Ozanam Coelho - Fagoc
Faculdade Uirapuru - FAU
Faculdade União das Américas
Faculdade União de Goyazes - FUG
Faculdade Unida de Suzano - Unisuz
Faculdade Unigran Capital - Unigran Capital
Faculdade Vale do Aporé - Fava
Faculdade Verde Norte - Favenorte
Faculdade Vértice - Vértice
Faculdade Zacarias de Góes - Fazag
Faculdades Integradas de Santo André - Fefisa
Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc
Fundação Universidade Federal da Grande Dourados - UFDG
Fundação Universidade Federal de Rondônia - Unir
Fundação Universidade Federal de Viçosa - UFV
Fundação Universidade Federal do Pampa - Unipampa - Unipampa
Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf
Instituto Batista de Ensino Superior de Alagoas - Ibesa
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
Instituto de Ensino Superior da Funlec - Iesf
Instituto de Ensino Superior de Itapira - Iesi
Instituto de Ensino Superior de Londrina - Inesul - Inesul
Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão - Iesma
Instituto de Ensino Superior e Pesquisa - Inesp
Instituto de Ensino Superior Múltiplo - Iesm
Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves - Iptan
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima - IFRR
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná - IFPR
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Ifsemg
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais
Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara
Instituto Luterano de Ensino Superior de Porto Velho - Ulbra Iles
Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira - Iseat
Instituto Superior de Educação Da Serra - Fabavi
Instituto Superior de Educação De Divinópolis - Ised
Instituto Superior de Educação De Ituiutaba - Isedi
Instituto Superior de Educação Do Município De Itaperuna - Isemi
Instituto Superior de Educação Elvira Dayrell - Iseed
Instituto Superior de Educação Orígenes Lessa - Iseol
Instituto Superior de Educação Professora Nair Fortes Abu-Merhy - Isefor
Instituto Superior de Educação Santa Marina - Isesm
Instituto Superior de Educação Sant´Ana - Isesa
Instituto Superior de Teologia Aplicada - Inta
Instituto Superior e Centro Educacional Luterano - Bom Jesus - Ielusc
Instituto Tecnológico e das Ciências Sociais Aplicadas e da Saúde do Centro Educ. N. Srª Auxiliadora
Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC-Campinas
Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP
Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC-PR
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul – PUC-RS
União das Escolas do Grupo Faimi de Educação - Faimi
União das Faculdades dos Grandes Lagos - Unilago - Unilago
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
Universidade Alto Vale do Rio Do Peixe - Uniarp
Universidade Anhanguera - Uniderp - Uniderp
Universidade Anhembi Morumbi - UAM
Universidade Bandeirante de São Paulo - Uniban
Universidade Camilo Castelo Branco - Unicastelo
Universidade Castelo Branco - UCB
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Universidade Católica de Petrópolis - UCP
Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
Universidade Católica do Salvador - UCSal
Universidade Cidade de São Paulo
Universidade Comunitária da Região de Chapecó - Unochapecó
Universidade Cruzeiro do Sul - Unicsul
Universidade da Região da Campanha - Urcamp
Universidade de Brasília - UnB
Universidade de Caxias Do Sul - UCS
Universidade de Cruz Alta - Unicruz
Universidade de Cuiabá - Unic
Universidade de Fortaleza - Unifor
Universidade de Franca - Unifran
Universidade de Itaúna - UI
Universidade de Marília - Unimar
Universidade de Mogi das Cruzes - UMC
Universidade de Passo Fundo - UPF
Universidade de Pernambuco - UPE
Universidade de Ribeirão Preto - Unaerp
Universidade de Rio Verde - Fesurv
Universidade de Santa Cruz Do Sul - Unisc
Universidade de Santo Amaro - Unisa
Universidade de São Paulo - USP
Universidade de Sorocaba - Uniso
Universidade de Taubaté - Unitau
Universidade de Uberaba - Uniube
Universidade do Contestado - UNCc
Universidade do Estado da Bahia - Uneb
Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat
Universidade do Estado do Amazonas - UEA
Universidade do Estado do Pará - Uepa
Universidade do Estado do Rio De Janeiro - Uerj
Universidade do Estado do Rio Grande Do Norte - Uern
Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc
Universidade do Grande ABC - Uniabc
Universidade do Grande Rio Professor José de Souza Herdy - Unigranrio
Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc
Universidade do Oeste Paulista - Unoeste
Universidade do Planalto Catarinense - Uniplac
Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul
Universidade do Vale do Itajaí - Univali
Universidade do Vale do Paraíba - Univap
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
Universidade do Vale do Sapucaí - Univás
Universidade Estácio de Sá - Unesa
Universidade Estadual da Paraíba - UEPB
Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
Universidade Estadual de Feira de Santana - Uefs
Universidade Estadual de Goiás - UEG
Universidade Estadual de Londrina - UEL
Universidade Estadual de Maringá - UEM
Universidade Estadual de Mato Grosso Do Sul - Uems
Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
Universidade Estadual de Ponta Grossa - Uepg
Universidade Estadual de Roraima - UERR
Universidade Estadual de Santa Cruz - Uesc
Universidade Estadual do Ceará - Uece
Universidade Estadual do Centro Oeste - Unicentro
Universidade Estadual do Norte Do Paraná - Uenp
Universidade Estadual do Oeste Do Paraná - Unioeste
Universidade Estadual do Piauí - Uespi
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - Uesb
Universidade Estadual do Vale do Acaraú - UVA
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp
Universidade Federal da Bahia - Ufba
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Universidade Federal de Alagoas - Ufal
Universidade Federal de Goiás - UFG
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF
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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS
Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
Universidade Federal de Ouro Preto - Ufop
Universidade Federal de Pelotas - UFPEL
Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
Universidade Federal de São Carlos - Ufscar
Universidade Federal de São João Del Rei - UFSJ
Universidade Federal de São Paulo - Unifesp
Universidade Federal de Sergipe - UFS
Universidade Federal de Uberlândia - Ufu
Universidade Federal do Acre - Ufac
Universidade Federal do Amapá - Unifap
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Universidade Federal do Ceará - UFC
Universidade Federal do Espírito Santo - Ufes
Universidade Federal do Maranhão - Ufma
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Universidade Federal do Pará - UFPA
Universidade Federal do Piauí - UFPI
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs
Universidade Federal do Rio Grande - Furg
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM
Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
Universidade Federal Fluminense - UFF
Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
Universidade Federal Rural do Rio De Janeiro - UFRRJ
Universidade Feevale - Feevale
Universidade Fumec - Fumec
Universidade Gama Filho - UGF
Universidade Guarulhos - UNG
Universidade Iguaçu - Unig
Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas
Universidade Luterana do Brasil - Ulbra
Universidade Metodista de Piracicaba - Unimep
Universidade Metodista de São Paulo - Umesp
Universidade Metropolitana de Santos - Unimes
Universidade Municipal de São Caetano Do Sul - USCS
Universidade Norte do Paraná - Unopar
Universidade Nove de Julho - Uninove
Universidade Paranaense - Unipar
Universidade Paulista - Unip
Universidade Positivo - UP
Universidade Potiguar - UNP
Universidade Presbiteriana Mackenzie - Mackenzie
Universidade Presidente Antônio Carlos - Unipac
Universidade Regional de Blumenau - Furb
Universidade Regional do Cariri - Urca
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - Unijui
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões - URI
Universidade Salgado De Oliveira - Universo
Universidade Santa Cecília - Unisanta
Universidade São Francisco - USFf
Universidade São Judas Tadeu - USJT
Universidade Tecnológica Federal Do Paraná - UTFPR
Universidade Tiradentes - Unit
Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
Universidade Vale do Rio Doce - Univale
Universidade Vale do Rio Verde - Unincor
Universidade Veiga de Almeida - UVA


Fonte: Ministério da Educação (MEC)

Guia de carreiras: direito


Atuação pode ser por conta própria ou empresas, ONGs e órgão públicos.
Profissional tem de estar preparado para rotina dinâmica.


Desde a infância Ricardo Veirano sempre gostou de mexer na papelada do pai, que era advogado. “Gostava até do cheiro de papel”, lembra. Na época do vestibular, viu que gostava da área de humanas e chegou a pensar em prestar jornalismo, mas acabou optando pela carreira familiar. Tornou-se advogado.
Hoje, Veirano é sócio do escritório fundado pelo pai, Veirano Advogados, especializado no atendimento a empresas. Assim como os outros sócios da empresa, ele dá assessoria a companhias, principalmente em negociações de compra e venda. “Tem muito contato humano. É uma das coisas que me atraiu para a carreira. Gosto de gente, de contato com pessoas”, disse.
Guia de carreiras: direito (Foto: Arte/G1)
Segundo Veirano, o leque de atuação para o advogado é amplo. Após ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é possível ter escritório individual, em que se atende quem aparecer, ou em vários outros locais. “Pode fazer uma ação de despejo, um divórcio, um caso de natureza ambiental, trabalhista, de pequeno comércio. E você tem pessoas que se especializam em áreas diferentes. A área criminal, ambiental, direito civil”, disse.
Dá ainda para fazer concurso público e atuar na Justiça, como técnico, procurador ou juiz, ou no Ministério Público, em que irá lidar com questões de direito administrativo, de licitações, ambientais e outras. É possível ainda exercer outras funções públicas, no Banco Central ou como fiscal do Imposto de Renda, por exemplo, e ainda atuar em ONGs.
“Hoje em dia tem cada vez mais ramos do direito, como direito eletrônico, de entretenimento, de esportes. As pessoas vão se especializando, às vezes porque gostam da área. Aí, você tem a roupagem jurídica disso”, afirmou Veirano.
O advogado conta que a maioria dos profissionais trabalha em escritórios. Parte deles vai aos fóruns. “O profissional vai estar em ambientes fechados a maior parte do dia e poucas horas na rua, embora visite clientes, visite fábricas e vá aos mais diversos órgãos públicos e departamentos públicos”, disse.
Nesses locais, a leitura de documentos e leis é constante. O escritório de Veirano mantém uma biblioteca com centenas de publicações. Duas bibliotecárias acompanham ainda todas as novidades da área para enviarem aos profissionais. “Hoje, muita coisa já está digitalizada, mas ainda fazemos consultas aos livros”, afirmou Veirano.
No geral, a rotina de trabalho é dinâmica. “Você não faz a mesma coisa todo dia. É muito variado. Está fora em reuniões, viaja. Em um dia revê um contrato, no outro dia dá palestra ou conversa com a equipe. É uma atividade bem dinâmica, para quem não se incomoda de trabalhar muitas horas durante o dia, começar cedo e acabar bem tarde, mas com dinamismo.”
O profissional lida com assuntos diferentes o tempo todo. “Faz contrato de prestação de serviço, de compra e venda de ações. Geralmente tem que entender o mínimo do negócio do cliente. Um é uma instituição financeira, outro fabrica paineis de madeira, outro é da área de tecnologia, outro é da área de varejo. E são pessoas diferentes, com personalidades diferentes. Isso vai dando um gostinho bom na vida. Tem muitos momentos de tensão e não tem momentos de pasmaceira”, disse Veirano.

Guia de carreiras: relações internacionais


Profissão exige interesse por economia, política, direito e história.
Eventos esportivos e questão ambiental prometem alavancar mercado.


A curiosidade que João Paulo Paixão tinha desde a infância por moedas, bandeiras e capitais do mundo todo virou profissão. O interesse o levou a cursar relações internacionais, o que lhe garantiu o cargo de assessor de relações internacionais na Prefeitura de São Paulo há três anos.
Pela prefeitura, Paixão viaja o mundo para fechar parcerias, apresentar a cidade e defender interesses do município. Além de ser bom em geografia, no entanto, quem pretende seguir carreira em relações internacionais precisa ter facilidade para aprender idiomas e interesse por economia, política, direito e história, entre outras habilidades.
A procura pela graduação tem aumentado ao longo dos anos. No ano passado, foi o terceiro curso mais procurado do vestibular da Fuvest, que seleciona para a Universidade de São Paulo (USP), com 37,82 candidatos por vaga.
Por outro lado, quem conseguir vencer o vestibular e estudar relações internacionais tem dois fortes aliados que prometem alavancar a profissão e expandir o mercado de trabalho no Brasil: a crescente preocupação com as questões ambientais e os eventos esportivos mundiais que serão sediados pelo país nos próximos anos.
O profissional formado em relações internacionais está habilitado a negociar interesses e fazer a intermediação de acordos entre diversas partes. Pode trabalhar para países, estados, prefeituras, empresas privadas e ONGs seja buscando recursos, fechando parceiras ou projetos com diferentes objetivos.
"Mente aberta e compreensão global" também são características exigidas pela profissão, segundo João Paulo Paixão, de 26 anos.
“É necessário ter tolerância cultural e empatia por outros povos. Também é preciso ter facilidade para estabelecer contatos e fazer amizades. Interesse por línguas é fundamental. Português, inglês e espanhol são básicos. É bom conseguir um diferencial como mandarim, por exemplo”, diz Paixão.
guia de carreiras (Foto: Arte/G1)
O Brasil na moda“O Brasil é a sétima economia mundial e está cada vez mais no foco das principais empresas no exterior”, afirma Paixão. Para ele, o Brasil está na moda e Copa e Olimpíadas vão ajudar a colocar o país de vez no mercado internacional.
Outro aliado da profissão é a questão ecológica que se tornou tema de discussão no mundo todo. Paixão reforça que é necessário haver uma negociação entre as nações para que o planeta não seja afetado.
Como além de meio ambiente, o tema ecológico envolve interesses políticos, sociais e econômicos, um profissional multidisciplinar como o formado em relações internacionais, está habilitado a fazer a ponte entre as nações e instituições privadas.

Comércio exterior
O profissional formado em relações internacionais é parceiro do formado em comércio exterior e vice-versa, principalmente no setor privado, apesar de as profissões serem confundidas.
Enquanto o primeiro atua mais na parte estratégica e de planejamento dos negócios, o segundo cuida dos trâmites operacionais. "Garante que a carga que se compra ou vende será bem embarcada, armazenada e estará segura, conforme previsto em contrato", explica Paixão.
 

Guia de carreiras: medicina


Profissão tem taxa zero de desemprego, diz neurologista.
Carreira exige vocação e facilidade para lidar com pressão.


Para ser médico é necessário ter vocação e enfrentar um vestibular concorrido. A dedicação, no entanto, tem contrapartida no mercado de trabalho. Talvez seja a única carreira que tenha taxa de desemprego zero no Brasil, segundo o médico e professor da Faculdade Estácio de Sá, Flavio Henrique de Rezende Costa.
Mestre em neurologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Costa, de 34 anos, diz que o mercado de medicina está muito aquecido e existe demanda para todas as áreas. "Há uma estimativa de que no Brasil há cerca de 350 mil médicos e que deveria existir no mínimo 500 mil", afirma.
O déficit pode ser verificado principalmente na área de assistência básica, como nas unidades básicas de saúde e nos programas de saúde na família, de cidades do interior e periferias das metrópoles. Médicos especializados em emergência, terapia intensiva e especialidades cirúrgicas de alta complexidade também estão em falta no mercado, segundo Costa. O grande empregador é o setor público.
Para seguir carreira, no entanto, é necessário ter paciência entre outras virtudes. "A graduação sozinha não é suficiente. É um projeto de longo prazo de nove a 11 anos para se tornar um médico especialista", diz Costa.
O neurologista lembra que a profissão exige uma grande capacidade de lidar com pressão. "Tem de ter vocação, porque é uma carreira desgastante", diz. Para ele, o estudante também tem de desenvolver os aspectos humanistas, como solidariedade e vontade de ajudar.
ilustração medicina (Foto: Arte/G1)
Formação
O curso de graduação em medicina tem seis anos de duração. Os dois primeiros anos são básicos com matérias de anatomia, biologia, bioquímica, entre outras. Nos dois anos seguintes há as disciplinas clínicas e cirúrgicas, e nos anos finais há o curso prático que ocorre dentro dos hospitais universitários. O período final também é chamado de internato médico.
Ao concluir a graduação, o estudante escolhe a especialização e opta pela residência médica ou por curso de pós-graduação lato sensu. A maioria, segundo Costa, escolhe a primeira opção, pois a carga de 60 horas semanais é totalmente prática e ocorre em um hospital público.
A especialização dura no mínimo dois anos, mas pode chegar a cinco, no caso da neurocirurgia. Se o estudante quiser parar de estudar após concluir a graduação, ele se torna um médico generalista. Porém, de acordo com Costa, é muito raro um estudante não se especializar.
Durante a residência, o estudante recebe cerca de R$ 2.200 por mês referente a bolsa do Ministério da Educação. A partir do segundo ano de residência, os médicos podem dar plantões extras fora do hospital, o que possibilita um ganho de até R$ 5.000.

Guia de carreiras: hotelaria


Carreira exige dedicação e vontade de servir e agradar.
Eventos esportivos mundiais prometem impulsionar a profissão no Brasil.


Para ingressar em uma das carreiras que mais prometem ganhar impulso com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil é necessário gostar de lidar com pessoas, de servi-las e satisfazê-las. Esta é uma das principais virtudes do profissional formado em hotelaria que deve ser um dos mais requisitados durante os grandes eventos mundiais esportivos sediados no país nos próximos anos.
Apesar de muitas pessoas acharem que o mercado de trabalho do hoteleiro está restrito a hotéis e restaurantes, as oportunidades têm sido cada vez mais ampliadas. Bancos, agências de turismo, companhias aéreas, parques, cruzeiros marítimos, shoppings e até laboratórios clínicos podem empregar um hoteleiro com objetivo de oferecer um atendimento mais qualificado ao público.
"Basta oferecer um serviço para precisar de alguém que saiba disso, e este é o hoteleiro", resume Cintia Goldenberg, coordenadora do curso de hotelaria da Universidade Estácio de Sá, em São Paulo.
Estudantes têm opção de fazer um curso técnico ou graduação, sendo que esta última garante formação mais completa e consequentemente salários mais altos. É durante os estudos que o aluno aprende o conceito de hospitalidade, como servir com cortesia, além de se preocupar com os detalhes do atendimento.
Além do básico
Professora da Estácio, Mariana Morato, lembra que o público de modo geral, principalmente com o aumento do poder aquisitivo da classe média, espera mais do que um atendimento básico.
"As pessoas buscam excelência e a hotelaria quer um profissional com brilho nos olhos que saiba servir com a alma. Cama e um chuveiro quentinho todo mundo tem. Agora um sorriso de um colaborador, a gentileza de uma camareira, não. As redes procuram a personalização do serviço", afirma Mariana.
O currículo da graduação mescla teoria e prática. Geralmente, o estudante passa por laboratórios de bar, governança, restaurante e cozinha nos primeiros semestres para aprender o operacional. Nos semestres finais, o curso, na maioria das vezes, promove atividade com foco em gestão e administração com aulas de marketing, finanças e recursos humanos. O estágio é obrigatório, e o domínio de outras línguas fundamental para a carreira, já que o hoteleiro poderá ter contato frequente com estrangeiros.
ilustração (Foto: Arte/G1)
O início
O estudante que tiver disposição para trabalhar nos fins de semana e feriados, além de ter vontade de aprender terá facilidade para ingressar no mercado, segundo a professora Mariana. "Tem muita vaga aberta em hotel em todo o Brasil. Tem muito currículo também, mas de profissionais sem o perfil do hoteleiro."
Mariana lembra que em início de carreira é comum que o profissional trabalhe na parte de operações de hotéis, ocupando cargos de mensageiro ou recepcionista. No entanto, a experiência é importante para que o profissional aprenda a lidar com vários tipos de problemas e no futuro possa ocupar um cargo de gerência. "É importante começar da base, porém o profissional tem de se dedicar muito à empresa. A gente se compara um pouco o profissional de hotelaria com um enfermeiro, como ele se dedica ao hospital, ao paciente, nós nos dedicamos ao hóspede."
No início de carreira, o salário do hoteleiro que ainda não concluiu o curso superior gira em torno de R$ 800.

Dúvidas dos leitores



qua, 29/06/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1ª) EVENTUAL ou POSSÍVEL?
Ano após ano, alguns políticos exageram um pouco. Os pacotes econômicos e as contas caribenhas deixaram muita gente nervosa. E a nossa língua portuguesa acabou sendo atropelada.
Primeiro foi um ex-deputado que falou a respeito de uns “documentos eventualmente falsos”. Será que tais documentos “de vez em quando são verdadeiros”? É lógico que não. Ele queria dizer que os documentos eram “supostamente ou possivelmente” falsos.
EVENTUALMENTE não significa “possivelmente” ou “provavelmente”. Muita gente boa faz esta confusão:
EVENTUAL = esporádico, ocasional, o que acontece de vez em quando;
POSSÍVEL = o que pode ser ou acontecer.
“Um eventual problema” acontece de vez em quando;
“Um possível problema” é algo que pode tornar-se um problema.
Sensacional também foi o desempenho linguístico de um dos nossos ex-ministros. Primeiro ele garantiu: “Tivemos que repriorizar as prioridades estabelecidas.”
O jogo de palavras me fez lembrar um candidato a deputado federal por São Paulo que afirmava com toda a convicção do mundo: “Para resolver o problema do desemprego, é preciso que haja emprego”. Eu fico imaginando que curso superior ele deve ter feito para ter conseguido chegar a tão maravilhosa e surpreendente conclusão.
Parece aquele repórter que só fala o óbvio, quando o narrador lhe pede o detalhe do lance: “Se a bola fosse em direção do gol, e o goleiro não defendesse, era gol…” Cá entre nós, não deve ser fácil chegar a uma conclusão dessas!
Mas voltemos ao nosso ex-ministro. No fim da sua fala, ele nos dá uma conclusão tão tranquilizadora quanto original: “Nenhum projeto sofrerá solução de continuidade no próximo ano”. Eta chavãozinho desgraçado! Além de ser velho, ultrapassado e empolado, não diz nada. Na verdade diz, mas quem entende não acredita.
E por fim, a mais brilhante das declarações: “Não tenho conhecimento, por exemplo, de que haja cortes no programa de mortalidade infantil”.
Veja a que ponto chegamos. O Brasil já tem até programa de mortalidade infantil. Está tudo programado. E o que é pior: não sofrerá cortes. Que tal cortar a língua?

2ª) DEVEM SER  e DEVE HAVER?
Leitor quer saber:
“Você escreveu o seguinte: ‘Ora, DEVEM SER coisas da globalização!’ A minha dúvida é a seguinte: o verbo auxiliar DEVEM não deveria acompanhar o principal SER? Ou seja, o parágrafo não deveria ficar assim: ‘Ora, DEVE SER coisas da globalização!’, com o verbo auxiliar (deve) seguindo o principal (ser), concordando em número? Será que o verbo auxiliar só acompanha o principal quando este for o verbo HAVER? ‘DEVE HAVER alunos espalhados pelo pátio da escola’. Este período está correto?”
Eu reproduzi boa parte da carta, para que todos possam perceber a confusão que o nosso leitor está fazendo.
Como diria o Arnaldo César Coelho, a regra é clara: “Numa locução
verbal, o verbo auxiliar é o responsável pela concordância:
Eu DEVO falar,
Tu DEVES falar,
Ele DEVE falar,
Nós DEVEMOS falar,
Vós DEVEIS falar,
Eles DEVEM falar.
Portanto, na frase “DEVEM SER coisas da globalização”, o plural está corretíssimo (=concorda com COISAS). Para ficar bem claro:
“DEVE SER coisa de…” -  “DEVEM SER coisas de…”;
“Ele DEVE SER o campeão”  -  “Eles DEVEM SER os campeões”;
“DEVE SER uma hora da tarde”  -  “DEVEM SER treze horas”.

Numa locução verbal em que o verbo principal for impessoal
(HAVER no sentido de “existir”, por exemplo), o verbo auxiliar fica obrigatoriamente no SINGULAR (=porque não há sujeito):
“DEVE HAVER alunos espalhados pelo pátio da escola”;
“DEVE HAVER algumas dúvidas”.

3ª) O verbo CONVERGIR
Leitora quer saber como se conjuga o verbo CONVERGIR. Qual é a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo?
Existem muitos verbos da 3ª conjugação (=terminados em –IR) cuja irregularidade é trocar a vogal “e” pela vogal “i” na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo: aderir – eu adiro; ferir – eu firo; ingerir – eu ingiro; inserir – eu insiro; impelir – eu impilo; repetir – eu repito; competir – eu compito; despir – eu dispo; discernir – eu discirno; divergir – eu divirjo; divertir – eu divirto; refletir – eu reflito; seguir – eu sigo; sentir – eu sinto; mentir – eu minto; servir – eu sirvo; vestir – eu visto…
Portanto, para o verbo CONVERGIR, o certo é “eu CONVIRJO”.

Dúvidas dos leitores


qua, 22/06/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1ª) Estou a disposição ou à disposição?
O certo é: “Estou à disposição”.
Para provar que há crase (preposição “a” + artigo definido feminino “a”), basta substituir a palavra feminina (=disposição) por uma masculina (=dispor): “Estou ao dispor” (ao = à).
É interessante lembrar que o uso do acento indicativo da crase é facultativo antes dos pronomes possessivos femininos: “Estou à sua disposição ou a sua disposição” (= ao seu dispor ou a seu dispor).

2ª) PARALIZAR ou PARALISAR?

Leitor quer saber se está correta a frase “…com medo do escuro que cega pra trás, medo do clarão que cega pra frente. Paralizo.”
O medo era tanto que a cegueira foi inevitável. Deve ser por isso que muita gente “paraliza” com “z”.
Por maior que seja o medo, toda PARALISAÇÃO se escreve com “s”.
Se você quiser PARALISAR, tudo bem. Mas, pelo amor de Deus, PARALISE sempre com “s”.

3ª) PERGUNTADO  ou  QUESTIONADO?
1o) QUESTIONAR não é PERGUNTAR.
Se você quer saber alguma coisa, PERGUNTE. Quando nós QUESTIONAMOS alguma coisa, estamos “pondo em dúvida”. Nós podemos, por exemplo, “QUESTIONAR o valor de um projeto, uma prestação de contas, a contratação de um jogador de futebol…”
É interessante observar que a diferença só existe entre os verbos. Um conjunto de PERGUNTAS forma um QUESTIONÁRIO. É que ainda não inventamos o “perguntário”.
2o) Só a coisa pode ser PERGUNTADA.
Quem PERGUNTA PERGUNTA alguma coisa (=objeto direto) a alguém (=objeto indireto). Isso significa que, na voz passiva, só a coisa poderia ser perguntada.
Com muita frequência, encontramos nos nossos bons jornais frases do tipo: “PERGUNTADO a respeito do projeto, o deputado…” ou “O delegado foi PERGUNTADO a respeito do crime”. Aqui temos duas frases em que o uso do verbo PERGUNTAR, Segundo a tradição, é inapropriado: nem o deputado nem o delegado poderiam ser “perguntados”. A realidade linguistica, porém, nos prova o contrário. São formas consagradas, e eu as consider caitáveis na lingual padrão.
Em resumo:
1o) “A validade do contrato foi QUESTIONADA” (=posta em dúvida);
2o) “Foi PERGUNTADO ao deputado se ele seria o candidato a prefeito” (=a coisa foi PERGUNTADA ao deputado).

4ª) COMUNICADO  ou  INFORMADO?
Alguns leitores querem saber se é correto dizer: “A polícia já foi COMUNICADA…” ou “O presidente não foi COMUNICADO…”
O verbo COMUNICAR apresenta um problema igual ao do verbo PERGUNTAR: só a coisa deveria ser COMUNICADA.
É outro caso em que o uso consagrado vai contra a tradição. Na minha opinião, são formas perfeitamente aceitáveis, mas que, em concursos, são consideradas “erradas”.
Quem COMUNICA COMUNICA alguma coisa (=objeto direto) a alguém (=objeto indireto). Isso significa que “ninguém deveria ser comunicado”.
O mais adequado, portanto, é: “O crime FOI COMUNICADO à polícia” e “O incidente não FOI COMUNICADO ao presidente”.
Outra solução é substituir o verbo COMUNICAR pelo INFORMAR. Quem INFORMA INFORMA alguma coisa (=objeto direto) a alguém (=objeto indireto) ou INFORMA alguém (=objeto direto) de alguma coisa (=objeto indireto). Isso significa que temos duas opções:
“A polícia FOI INFORMADA do crime”;
“O presidente não FOI INFORMADO do incidente”.

5ª) INVEROSSÍMEL ou INVEROSSÍMIL?

O certo é INVEROSSÍMIL.
Para o leitor que desconhece o significado, INVEROSSÍMIL é o que NÃO tem VEROSSIMILHANÇA (=semelhança com a verdade): IN (=não) + VERO (=verdade) + SÍMIL (=similar, semelhante).

6ª) Leitor quer saber se a concordância está correta na frase:”O preço dos pacotes acima FORAM BASEADOS por pessoa com uma estada mínima de 7 noites.”
A crítica do nosso leitor é perfeita. A concordância está errada. O certo é: “O PREÇO dos pacotes FOI BASEADO…”

7ª) E a frase “E vamos também cancelar várias das permissões já concedidas para publicidade nas ruas DE MODO A QUE o trabalho de despoluir a cidade seja realmente eficaz” está correta?
Nem pensar. O certo é: DE MODO QUE.

Dúvidas dos leitores


qua, 15/06/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1ª) Venda MONSTRA  ou  Venda MONSTRO?
Leitor questiona propaganda que fala em “VENDA MONSTRO”.
Nosso leitor não tem razão.
A frase não está errada. MONSTRO é um substantivo no papel de adjetivo. Quando isso acontece, a palavra torna-se invariável (=não tem feminino nem plural): “venda MONSTRO” e “engarrafamentos MONSTRO”.
O mesmo ocorre com o substantivo LARANJA (=fruta). Quando exerce a função de adjetivo (LARANJA = cor), torna-se invariável: “Casaco LARANJA”. “Camisas LARANJA”. Não devemos usar “camisas laranjas”, e ninguém diria “casaco laranjo”.
Não devemos confundir MONSTRO (=substantivo) com MONSTRUOSO (=adjetivo). Isso significa que o adjetivo deve concordar em gênero e número com o substantivo a que se refere: “venda MONSTRUOSA”, “engarrafamentos MONSTRUOSOS”.
Também não devemos confundir LARANJA (substantivo exercendo a função de adjetivo = nome de fruta como cor) com AMARELO, que é cor mesmo (=adjetivo):
“Casaco LARANJA, mas casaco AMARELO”;
“Camisas LARANJA, mas camisas AMARELAS”.
Que fique bem claro:
Os adjetivos apresentam flexão de gênero e número;
Os substantivos, exercendo a função de adjetivo, ficam invariáveis.


2a) Até as 10h  ou  Até às 10h?
Para muitos autores, neste caso o uso do acento da crase é facultativo.
Em Portugal, é normal o uso do acento da crase após a preposição “até”.
Eu, porém, prefiro a forma sem o acento da crase: “Até as 10h”.
Na minha opinião, a presença da preposição “até” torna desnecessário o uso da preposição “a”. Isso significa que temos apenas o artigo definido “as”.
O mesmo ocorre com outras preposições:
“Viajou para a Itália”; “Está aqui desde as 10h”; “Chegará só após as 10h”; “Lutou contra a ditadura”.
Tome cuidado para não confundir a preposição “até” com a partícula de inclusão (até = inclusive): “Até os diretores compareceram à reunião” (=inclusive os diretores). Após a partícula de inclusão pode ocorrer a crase:
“O aluno se referia às colegas e até à amiga mais íntima”.

3a) HÁ  ou  A?
Dois leitores têm a mesma dúvida:
1o) “A empresa X mantém HÁ ou A quatro anos contrato com o cliente Z” ?
2o) “Estamos trabalhando HÁ ou A 150 dias sem acidentes com afastamento” ?
Nos dois casos, devemos usar HÁ: “…mantém HÁ quatro anos…” e “Estamos trabalhando HÁ 150 dias…”
Quando houver a ideia de tempo decorrido, usamos o verbo HAVER ou o verbo FAZER (=”…FAZ quatro anos…” e “…FAZ 150 dias…”).
Observações:
1a) Os verbos HAVER e FAZER se referem a tempo PASSADO e devem ser usados somente no SINGULAR (=não têm sujeito);
2a) Caso a ideia seja de “tempo futuro”, devemos usar a preposição “a”: “Assinaremos o contrato daqui A quatro dias”;
“Voltaremos ao trabalho daqui A 150 dias”.

4a) PORQUE ou POR QUE ou PORQUÊ ou POR QUÊ?
a)    PORQUE = conjunção causal ou explicativa:
“O advogado não compareceu à reunião PORQUE está doente.”
“Feche a porta PORQUE está ventando muito.”

b)    PORQUÊ = forma substantivada (com artigo “o” ou “um”):
“Ela quer saber o PORQUÊ da sua demissão.”
“O diretor quer um PORQUÊ para tudo isso.”

c)    POR QUÊ = no fim de frase (antes de pausa forte):
“Parou POR QUÊ?”
“Se ele mentiu, eu queria saber POR QUÊ.”
“Quero saber POR QUÊ, onde e quando.”

d)    POR QUE
  • em perguntas (diretas ou indiretas):
“POR QUE parou?”
“Gostaria de saber POR QUE você viajou.”
  • substituível por POR QUAL, PELO QUAL, PELA QUAL…
“Só eu sei as esquinas POR QUE passei.” (=pelas quais)
“É um drama POR QUE muitos passam.” (=pelo qual)
  • com a palavra MOTIVO antes, depois ou subentendida:
“Desconheço os motivos POR QUE a viagem foi adiada.” (=pelos quais)
“Não sei POR QUE motivo o advogado não veio.” (=por qual)
“Não sei POR QUE ele não veio.” (=por qual motivo).

Dúvida dos leitores


qua, 08/06/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas


1a) ENFEIANDO ou ENFEANDO?
Leitor nosso está em dúvida quanto ao uso do verbo “enfeiar”. Quer saber se a frase a seguir está correta: “Mas também está enfeiando a cidade e derrubando a imagem de administrador-arquiteto que nosso prefeito queria manter”.
Nosso leitor tem razão. Mas, cá entre nós, é um típico erro que muita gente boa não deve ter percebdo.
Para quem não sabe, o verbo é ENFEAR (=ficar feio). E aqui está o problema: se você fica FEIO, é porque está enfeiando. Errou duas vezes: nem ENFEIAR nem ENFEIANDO. O correto é ENFEAR e ENFEANDO.
O caso é o seguinte: o ditongo “ei” só ocorre quando a sílaba tônica cai sobre a vogal “e”: FEIo, iDEIa, reCEIo, pasSEIo, reCREIo, FREIo, CoREIa…
Entretanto, não há o ditongo “ei” quando a sílaba tônica muda de posição: enfeAR, enfeANdo, ideAL, ideoloGIa, receOso, passeANdo, freAda, coreAno…

2a) Verbos terminados em -EAR

Todos os verbos terminados em “-ear” (passear, saborear, cear, recrear, frear, enfear…) fazem um ditongo “ei” nas formas rizotônicas (=sílaba tônica na raiz do verbo).
As formas rizotônicas são: 1ª, 2ª e 3ª pessoas do singular e a 3ª pessoa do plural dos tempos do presente:
a)    presente do indicativo:
eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam;
eu freio, tu freias, ele freia, eles freiam;
eu enfeio, tu enfeias, ele enfeia, eles enfeiam;
b)    presente do subjuntivo:
que eu passeie, tu passeies, ele passeie, eles passeiem;
que eu freie, tu freies, ele freie, eles freiem;
que eu enfeie, tu enfeies, ele enfeie, eles enfeiem.
Observações:
1a) As 1a e 2a pessoas do plural não fazem ditongo:
nós passeamos, vós passeais, que nós passeemos;
nós freamos, vós freais, que nós freemos;
nós enfeamos, vós enfeais, que nós enfeemos;
2a) Nos tempos do pretérito e do futuro, jamais ocorre o ditongo:
eu passeei, ele passeou, eles passearam, eu passeava, ele
passeará, eles passeariam, passeando…

3a) ARREIA ou ARRIA?

As duas formas são corretas.
1a) Ele ARREIA é do verbo ARREAR (=pôr os arreios):
“Ele ARREIA o cavalo”;
2a) Ele ARRIA é do verbo ARRIAR (=abaixar):
“Ele ARRIA a cortina”.

4a) VISA ATENDER ou VISA A ATENDER?

Quanto à frase “…visa atender aos desejos dos alunos”, leitor quer saber se o certo não seria: “…visa a atender…”
Segundo a regência tradicional,o verbo VISAR, no sentido de “almejar, desejar, aspirar”, era transitivo indireto: “Sua campanha visava AO governo do estado”. Hoje em dia, porém, a maioria dos estudiosos considera caso de regência facultativa: transitive direto ou indireto.
Portanto, se seguirmos rigorosamente a regência clássica, devemos usar a preposição “a”: “…visa A atender aos desejos dos alunos”.
É importante, porém, observar que, atualmente, é perfeitamente aceitável a omissão da preposição quando se trata de locução verbal. Portanto, “visa atender” não é considerado um erro.
O mesmo ocorre em :
“Preciso de comprar…” ou “Preciso comprar…”

5a) VER ou VIR?
Leitor quer saber se a frase “Se você o ver, peça a ele que me ligue” está correta.
Nessa frase, o verbo VER deveria estar no futuro do subjuntivo. O certo é: “Se você o VIR…”
O futuro do subjuntivo do verbo VER é:
Quando ou se eu VIR, tu VIRES, ele VIR, nós VIRMOS, vós VIRDES, eles VIREM.



6ª) Qual é a forma correta?
a) os óculos escuros  ou  o óculos escuro ?
b) nada a ver  ou  nada haver ?
c) a maestro  ou  a maestrina ?
d) escrevi em baixo  ou  escrevi embaixo ?
e) ata por mim assinada  ou  ata pôr mim assinada ?


O certo é:
a)    os óculos escuros;
b)    nada a ver;
c)    a maestrina;
d)    escrevi embaixo;
e)    ata por mim assinada.

Dúvidas dos leitores


qua, 01/06/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1ª) INTERVIU ou INTERVEIO?
Estava escrito numa campanha publicitária: “…os proprietários invadiram a Companhia, expulsaram os jesuítas e tentaram organizar um governo local. O Governo INTERVIU. A Companhia acabou…”
O leitor tem razão. Está errado. O verbo INTERVIR é derivado de VIR. Se ele VEIO, ele INTERVEIO.
A forma verbal interviu não existe.
Vamos recordar a regrinha:
Os verbos derivados de VER (=rever, prever, antever…) seguem o verbo VER:
Eu vejo > eu revejo, prevejo, antevejo;
Eu vi > eu revi, previ, antevi;
Ele viu > ele reviu, previu, anteviu;
Se eu visse > se eu revisse, previsse, antevisse;
Quando eu vir > quando eu revir, previr, antevir;
Os verbos derivados de VIR (=intervir, provir…) seguem o verbo VIR:
Eu venho > eu intervenho, provenho;
Eu vim > eu intervim, provim;
Ele veio > ele INTERVEIO, proveio;
Se eu viesse > se eu interviesse, proviesse;
Quando eu vier > quando eu intervier, provier.

2ª) RÁPIDO ou RÁPIDA?

Leitor quer saber se a frase “A bola tem que chegar rápida ao ataque” está certa.
Não é a bola que é rápida. RAPIDAMENTE é o modo como a bola deve chegar ao ataque. Trata-se, portanto, de um advérbio de modo. Não devemos esquecer que os advérbios são invariáveis (=não se flexionam).
Isso tudo significa que a concordância está errada. Devemos dizer que “a bola deve chegar RÁPIDO ao ataque”. Melhor ainda: “a bola deve chegar RAPIDAMENTE ao ataque”.

3ª) IRIAM IR ou IRIAM?

Estava escrito num bom jornal: “Inicialmente, os dois programas iriam ir ao ar depois da novela das oito”.
Leitor achou a frase muito estranha. Eu também. Bastaria dizer que “os dois programas IRIAM ao ar depois da novela das oito”.
Esse caso me fez lembrar a mania que alguns têm em usar “eu vou ir”.
Pior ainda é caso do “eu vou vim”. Aí, é dose! Ou você vai ou você vem. Na verdade ele queria dizer “eu vou vir”. Não sei por que complicar. É muito mais simples dizer: eu IREI e eu VIREI.


4a) COMEÇEI ou COMECEI?
Leitora apaixonada pela Língua Portuguesa demonstra toda a sua indignação por causa de um começei (com cedilha) que ela encontrou num texto jornalístico.
Concordo inteiramente com a nossa leitora: é um absurdo! Na lingual portugesa, não existe palavra alguma em que o “ç” apareça antes das vogais “i” e “e”. A função da cedilha é manter o som da letra “c” diante das vogais “a”, “o” e “u”: COMEÇAR, AÇAÍ, PALHAÇO, ALMOÇO, IGUAÇU, AÇÚCAR…
Observe algumas curiosidades:
ALCANÇAR, mas o ALCANCE, que nós ALCANCEMOS…
ESBOÇAR, ESBOÇO, mas que você ESBOCE…
COMEÇAR, COMEÇO, mas que eu COMECE, eu COMECEI…

5a) ESQUECER ou ESQUECER-SE?
As duas formas são corretas. Devemos ter cuidado com a regência:
Quem ESQUECE esquece “alguma coisa”, mas quem SE ESQUECE se esquece “DE alguma coisa”. ESQUECER é transitivo direto; ESQUECER-SE é transitivo indireto.
Nós temos, portanto, duas opções:
“Eu esqueci a caneta” ou
“Eu me esqueci da caneta”.
Observe outro exemplo:
“Não esqueçam que a festa será no próximo dia 25″ ou
“Não se esqueçam de que a festa será no próximo dia 25″.


6a) AVISOU QUE ou AVISOU DE QUE?
A frase que gerou a dúvida é: “O professor avisou aos alunos de que já era tarde”.
O verbo AVISAR é transitivo direto e indireto. Há duas opções:
1a) AVISAR alguma coisa a alguém:
“O professor avisou AOS alunos QUE já era tarde.” Ou
2a) AVISAR alguém DE alguma coisa:
“O professor avisou OS alunos DE QUE já era tarde.”
O problema da frase é que havia dois objetos indiretos: “O professor avisou AOS alunos (=objeto indireto) DE QUE já era tarde (=outro objeto indireto). Ou você tira a preposição “a”: “…avisou OS alunos (=objeto direto) DE QUE já era tarde (=objeto indireto)”; ou você tira a preposição “de”: “…avisou AOS alunos (=objeto indireto) QUE já era tarde (=objeto direto)”.

Dúvidas dos leitores


qua, 25/05/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1ª) JUNTO ou JUNTOS?
A palavra JUNTO só apresenta flexão (feminino ou plural)
quando é adjetivo. Observe alguns exemplos:
“As duas velhinhas moram JUNTAS.”
“Os livros estão JUNTOS na estante da esquerda.”
As locuções prepositivas JUNTO A e JUNTO DE (=perto de, ao
lado de) são invariáveis.
“A sala de reuniões fica JUNTO AO ambulatório.”
“Os livros estão JUNTO DA estante da esquerda.”
Observação:
Sou contra o uso da palavra JUNTO fora do seu real significado (=colado, unido, ao lado):
“Contraiu um empréstimo junto ao Banco do Brasil”. Só se foi no
vizinho! Na verdade, ele contraiu o empréstimo NO Banco do Brasil.
“Só resolverá o problema junto à diretoria da empresa”. Deve
ser no banheiro que fica ao lado!! Devemos resolver o problema COM a diretoria da empresa.
“Palmeiras contratou o zagueiro junto ao Flamengo”. Agora fiquei em dúvida. Terá sido no posto de gasolina Mengão, no Ciep que fica próximo ou no Hospital Miguel Couto? É brincadeirinha. Bastaria dizer que o Palmeiras contratou o zagueiro do (ou “ao”) Flamengo.

2ª) ESTE ou ESSE?
1o) Quando nos referimos ao “tempo presente”, devemos usar ESTE:
“NESTE momento, está chovendo no Rio de Janeiro.” (=agora)
“Ele deve entregar o proposta NESTA semana.” (=na semana em que estamos)
“Não haverá futebol NESTE domingo.” (=hoje)
“O pagamento deverá ser feito NESTE mês.” (=mês em que estamos)
2o) Quando nos referimos a algo citado anteriormente, devemos usar ESSE:
“Tudo ia bem até a 25a volta, NESSE momento houve um grande acidente.”
“Ele pouco se dedicava ao projeto, por ISSO foi dispensado.”
Observe alguns exemplos inadequados:
“Pelé chega de Nova Iorque NESSA semana.” (= Não se falou anteriormente de outra semana. Só pode ser NESTA semana);
“Com os nervos à flor da pele desde o início DESSA semana, os operadores mostravam-se exaustos ontem.” (= Se os operadores estavam exaustos “no dia anterior”, é porque o autor referia-se ao início DESTA semana);
“Mas, o que se diz no Palácio do Planalto é que, NESSE momento, lavar a roupa suja em público só ajuda mesmo a uma pessoa.” (= O autor referia-se ao momento atual. Deveria ter usado: “NESTE momento”);
“Depois DESTA pobre e pequena diversão.” (O autor referia-se ao que acabara de dizer. Deveria ter dito: “Depois DESSA pobre e pequena diversão”).

3ª) Camisas ROSAS ou ROSA?
O certo é: CAMISAS ROSA
Um substantivo, no papel de adjetivo, torna-se invariável (=não se flexiona em gênero e número).
ROSA é o nome (=substantivo) de uma flor. Se nós usarmos como cor (=adjetivo), torna-se invariável:
Blusão (=masculino) ROSA (feminino);
Camisas (=plural) ROSA (singular).
Observe que a palavra ROSA, quando usada como cor (=no papel de adjetivo), é sempre ROSA (=sem masculino nem plural).
Vejamos outros exemplos:
Camisas LARANJA, casacos VINHO, blusas CREME, sapatos AREIA, calças CINZA, GELO, TIJOLO, ABACATE, LIMÃO…

4a) Por que AJUDÁ-LO, RECEBÊ-LO e DIVIDI-LO?
Leitora quer saber o porquê dos acentos.
Em português, as palavras oxítonas só recebem acento gráfico se terminarem em “o”, “e”, “a”: compô-la, propô-lo, recebê-lo, vendê-la, ajudá-lo, procurá-la…
As oxítonas terminadas em “i” e “u” não recebem acento gráfico: dividi-lo, adquiri-la, servi-los…
É importante lembrar que deveremos usar o acento agudo, caso as vogais “i” e “u” formem hiato com a vogal anterior: destruí-lo, contruí-la, distribuí-los, atraí-las, possuí-lo…

5a) RÉIS ou REAIS?
É possível que muitos brasileiros não saibam que não é a primeira vez que a nossa moeda se chama REAL.
Na vez anterior, o plural do REAL era RÉIS.
Entretanto, o plural da nossa moeda atual é REAIS.
Devemos, portanto, dizer: um REAL, mas dez REAIS.

Dúvidas dos leitores


qua, 18/05/11
por Sérgio Nogueira |
categoria Dicas
1a) ABAIXO-ASSINADO  ou  ABAIXO ASSINADO ?
a)    ABAIXO-ASSINADO, com hífen, é o documento assinado por muitas pessoas que reivindicam alguma coisa. Seu plural é abaixo-assinados.
“Os alunos entregaram o abaixo-assinado ao diretor da escola.”
b)    ABAIXO ASSINADO, sem hífen, indica a pessoa que assina o documento.
“Sérgio Nogueira, abaixo assinado, vem solicitar a Vossa Senhoria que autorize…”

2a) Eu ABULO  ou  eu ABOLO ?

É a famosa dúvida do nada com coisa alguma. ABOLIR é verbo defectivo. Só pode ser conjugado nas formas em que, após o radical, aparecem as letras “e” ou “i”.
Observações:
a)    No presente do indicativo: eu (não existe), tu aboles, ele abole, nós
abolimos, vós abolis, eles abolem;
b)    No presente do subjuntivo: não existe forma alguma;
Existem outros verbos que apresentam um problema semelhante ao do ABOLIR: colorir, demolir, explodir, extorquir, latir…
Portanto, se você quisesse dizer que “é necessário que se demula ou demola a parede”, a solução é buscar um verbo sinônimo: “É necessário que se DESTRUA (ou DERRUBE) a parede”.
É interessante observar também que não existem as formas: eu demulo, eu explodo, eu extorco, eu coloro, eu lato. A solução é um verbo sinônimo ou uma locução verbal : estou demolindo, estou explodindo, estou extorquindo, estou colorindo, estou latindo…

3a) ACIDENTE  ou  INCIDENTE ?
a) ACIDENTE: acontecimento imprevisto, desastre.
“Acidente entre dois trens provoca morte de cem pessoas.”
“Acidente na hidrelétrica provoca blecaute em São Paulo.”
b) INCIDENTE: circunstância, casual, episódio, atrito.
“Incidente entre parlamentares paralisa votação.”

4a) A CORES  ou  EM CORES ?

Como os antigos aparelhos de TV eram “em preto e branco”, prefiro EM CORES. É bom lembrar que os filmes sempre foram “em cores”.

5a) Acostumado  A  ou  COM ?

Tanto faz.
“Ele já está acostumado AO calor (ou COM o calor).”

6ª) Concordância com PERCENTAGENS
“Em Recife, 26% da população TROCA  ou  TROCAM a escova de dentes por métodos pouco convencionais.”
Para a maioria dos autores, é um caso facultativo:
a)    O verbo pode concordar com a percentagem plural: “26% …
TROCAM…”;
b)    O verbo pode concordar com o especificador (população) no
singular: “26% da população TROCA…”
Não é um caso de certo ou errado. É uma questão de padronização. Nós preferimos a concordância com o especificador, principalmente quando o verbo é de ligação ou está na voz passiva: “26% da população ESTÁ DESABRIGADA”.

7ª) Emití-la  ou  emiti-la? Serví-lo  ou  servi-lo?

O certo é EMITI-LA e SERVI-LO (sem acento agudo).
As palavras oxítonas terminadas em “i” não recebem acento agudo: abacaxi, Parati, aqui, caqui, tupi, guarani, adquiri-la, dividi-lo, emiti-la, servi-lo…
As palavras oxítonas terminadas em “i” só recebem acento agudo se houver hiato com a vogal anterior: Icaraí, caí, saí, açaí, Piauí, Chuí, destruí-la, construí-lo, distribuí-los…

8ª) BASTANTE ou BASTANTES?
a)    BASTANTE (=muito ou suficientemente) é advérbio de intensidade. É uma forma invariável (=não vai para o plural):
“Os empregados se esforçaram BASTANTE.” (=muito ou suficientemente)
“Eles são BASTANTE esforçados.” (=muito)
“Os espectadores saíram BASTANTE satisfeitos.” (=muito)
b)    BASTANTES (no plural) só é possível se estiver junto a um substantivo plural.
Pode ser pronome adjetivo indefinido (=muitos):
“Os alunos estão com BASTANTES problemas para resolver.”
Considero essa forma horrorosa. Sugiro que não seja usada. Prefira: “…MUITOS problemas…”;
Pode ser adjetivo (=suficientes):
“Ele já tem provas BASTANTES para incriminar o réu.” (=suficientes)
“Fulano de Tal constitui como seus BASTANTES procuradores…”

Dúvidas dos leitores


qua, 11/05/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas

1ª) AUTO ou ALTO?

1) ALTO é o contrário de BAIXO. Pode ser adjetivo ou advérbio. Observe os exemplos:
“Ele é um homem alto.” (x homem baixo – adjetivo);
“O som estava muito alto.” (x som baixo – adjetivo);
“Gostei do alto-relevo.” (= relevo alto - adjetivo);
“Desligou os altos-fornos.” (adjetivo);
“O diretor sempre falava alto.” (x falava baixo – advérbio);
“Comprei quatro alto-falantes.” (advérbio).
2o)  AUTO é um prefixo de origem grega que significa “a si próprio, a si mesmo”. Tem uma ideia reflexiva. O automóvel foi assim chamado porque “movia a si próprio” ( = dispensava a tração animal). Autocontrole é ter o controle de si mesmo. Autodidata é o que aprende sozinho, ensina para si mesmo.
Portanto, é impossível “você fazer a autobiografia do seu melhor amigo”. E é redundante “você fazer a autobiografia de si mesmo”. Ou você faz a sua autobiografia ou você faz a biografia do seu melhor amigo.
2ª) Horas ou H ou HS ou h ou hs?
São tantos leitores perguntando, que resolvi voltar ao assunto.
1o) Horas deve ser abreviado com letra minúscula ( = “h”): “A reunião será às 3h.” O “H” (maiúsculo) é o símbolo do hidrogênio.
2o) Não faz plural: “A reunião será às 3h”, e não “…às 3 hs“.
3o) Devemos escrever horas por extenso quando nos referimos à duração: “Eles estiveram reunidos durante três horas”.
4o) Não há a necessidade dos “00″ para indicar os minutos. Não precisamos usar “3:00h“. Se houver minutos, podemos abreviar com “min”: “A reunião será às 3h30min”. Para mim, bastaria 3h30.
Observe a diferença:
“A reunião vai das 8h às 10h.” (A reunião começará às 8h e terminará às 10h);
“A reunião vai de oito a dez horas.” (A duração da reunião será aproximadamente entre oito e dez horas).
Vejamos agora um exemplo curioso enviado por um leitor:
“Este evento ocorrerá às 19 e 20 horas.”
Parece haver dois horários possíveis para o evento: às 19h e às 20h. A verdadeira informação era: “Este evento ocorrerá às 19h20min.”
3ª) VERBOS PRONOMINAIS
Leitora faz um alerta: “É iminente a extinção dos verbos pronominais”. Observe a lista de exemplos. Você já deve estar tão acostumado a ouvir, que talvez nem sinta falta do pronome:
“Como você chama?” (Como você se chama?)
“O autor chama José de Alencar.” (O autor se chama José de Alencar.)
“Eu formei em engenharia.” (Eu me formei em engenharia.)
“Eu machuquei.” (Eu me machuquei.)
“Eu gripei.” (Eu me gripei.)
“O jogador está aquecendo.” (O jogador está se aquecendo.)
“O Brasil classificou.” (O Brasil se classificou.)
Por outro lado, também ocorre o uso desnecessário do pronome. Durante as transmissões dos jogos da Copa, tivemos o dissabor de ouvir um dos nossos locutores afirmar: “O atacante escorregou-se“.
Isso, provavelmente, foi para ser bem claro: o atacante não foi empurrado; ele caiu sozinho. É preciso buscar a “lógica” do raciocínio. Portanto, se o atacante escorregar de novo, “ele se escorregou-se“.
Estou brincando, é claro. Basta: “O atacante escorregou”.
4ª) Referia-se à ou a Vossa Excelência?
Todos nós aprendemos na escola que não ocorre crase antes de pronomes de tratamento. O certo é: “Referia-se a Vossa Excelência”.
Por quê?
Porque não há artigo definido “a” antes dos pronomes de tratamento femininos que podem ser usados para substituir tanto mulheres quanto homens: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa Alteza, você…
Caso o pronome de tratamento seja feminino e sirva só para substituir mulheres, pode ocorrer a crase:
“Referia-se à senhora (=ao senhor);
à doutora (=ao doutor);
à Ilustríssima… (=ao Ilustríssimo…);
à Meritíssima… (=ao Meritíssimo…);
à senhorita, à madame …
5ª) “À ou A realizar-se no dia 8 de dezembro…”?
Para que o seu convite de casamento não apresente erros gramaticais que possam provocar risinhos de algum convidado mais exigente, escreva:
“A realizar-se no dia 8 de dezembro…”
Parabéns pelo seu casamento, e não esqueça: antes de verbo é impossível ocorrer crase, porque jamais haverá artigo definido “a” antes de verbo.

Dúvidas dos leitores


qua, 04/05/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
A VÍRGULA
Saída das profundezas do inferno, hoje, com vocês, a maldita: a vírgula.
Sem dúvida, o uso da vírgula é uma das nossas maiores desgraças. Pontuação é coisa séria. Um erro de pontuação é muito pior que um acento indicativo da crase mal usado, que uma preposição esquecida ou um hífen usado indevidamente.
Uma vírgula esquecida ou mal usada afeta o sentido da frase. A maldita pode mudar o sentido ou deixar a frase sem sentido. Observe a importância da vírgula no exemplo abaixo:
“Os técnicos foram à reunião acompanhados da secretária do diretor e de um coordenador.”
Sem vírgula, entendemos que os técnicos foram à reunião com mais duas pessoas: a secretária do diretor e um coordenador.
Se usarmos uma vírgula, mudaremos o sentido da frase:
“Os técnicos foram à reunião acompanhados da secretária, do diretor e de um coordenador.”
Agora, os técnicos foram à reunião com três pessoas: a secretária (que não deve ser a do diretor), o diretor e um coordenador. A presença do diretor na reunião é uma novidade. Vejam como a vírgula é poderosa: é capaz de fazer o diretor ir à reunião.
Muitos me perguntam: a vírgula, afinal, é ou não uma pausa?
Todos nós, quando fomos alfabetizados, aprendemos que a vírgula é uma pausa e que sua presença significa que devemos “dar uma paradinha” (para respirar, para tomar fôlego).
Até aqui, tudo bem. Espertinho é o adulto que deu outra interpretação: “eu só ponho vírgula quando respiro”.
Ora, se isso fosse verdade, seria uma desgraça. Imagine o cara que sofre de dispneia: seria uma vírgula atrás de outra. Ou, então, um mergulhador, com um fôlego extraordinário. Bem, nesse caso, seriam dez linhas sem uma vírgula sequer.
Estou exagerando, eu sei. Mas vamos aos fatos. Já deve ter acontecido com você. Veja se não é verdade. Você começa a escrever. Se chegar ao fim da segunda linha, ao início da terceira e, até ali, não aparecer nenhuma vírgula, cria-se uma angústia interior, uma coceira irresistível na mão, que você não resiste. Joga umas duas vírgulas para cima e que Deus ajude.
Bem, apesar das brincadeiras, a vírgula merece muito respeito. Ao estudarmos o uso da vírgula, o mais difícil está no fato de a maioria das regras não ser rígida. Não é um simples caso de certo ou errado: aqui a vírgula é proibida, ali é obrigatória.
Em muitos casos, o professor é obrigado a responder: “depende do sentido” ou “é facultativo” ou “pode usar, mas não é obrigatório” ou “depende do estilo” ou outras respostas que geralmente deixam o aluno insatisfeito, inseguro ou até irritado. É muito difícil ensinar o “depende”.
Vejamos alguns casos.
Todo aposto explicativo deve ficar entre vírgulas:
“O prefeito de Campos, Asdrúbal da Silva, rejeitou o projeto.”
Não esqueça que as vírgulas são obrigatórias sempre que o cargo for exclusivo.
As vírgulas não devem ser usadas se o cargo pode ser ocupado por mais de uma pessoa:
“O professor Asdrúbal da Silva rejeitou a minha idéia.”
Guarde a “dica”:
a)    Entre vírgulas: cargo exclusivo de uma pessoa;
b)    Sem vírgulas: cargo que pode ser ocupado por várias pessoas.
Observe os exemplos:
“O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, declarou…”
“O atual técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, disse…
“O síndico do edifício assaltado, o aposentado Jarbas de Sousa, afirmou…”
“O governador Sérgio Cabral declarou…
“O ex-técnico da seleção brasileira Telê Santana disse…”
“O general da reserva Astolfo Antunes afirmou…”
DÚVIDA DO LEITOR
Em “Os empregados desta empresa QUE SE DEDICARAM MUITO AO TRABALHO deverão receber um abono salarial”, a oração em destaque deve ou não ficar entre vírgulas?
Se a ideia for restritiva ( = só aqueles que se dedicaram muito ao trabalho deverão receber um abono salarial), não devemos usar as vírgulas.
Se a ideia for explicativa ( = todos os empregados se dedicaram ao trabalho, por isso deverão receber um abono salarial), as vírgulas são obrigatórias.
Portanto:
a)    ”Os empregados desta empresa que se dedicaram muito ao trabalho
deverão receber um abono salarial.”  (oração subordinada adjetiva restritiva = somente os empregados que se dedicaram muito ao trabalho receberão um abono salarial);
b)    ”Os empregados desta empresa, que se dedicaram muito ao trabalho,
deverão receber um abono salarial.” (oração subordinada adjetiva explicativa = todos os empregados se dedicaram ao trabalho e receberão um abono salarial).

Vícios do futebolês


qua, 27/04/11
por snogueira.sn |
categoria Dicas
1)    CLICHÊS
São expressões batidas e repetitivas que empobrecem o estilo. Evite:
1.    Ao apagar das luzes, o Palmeiras conseguiu dar a volta por cima e, finalmente, fez as pazes com a vitória.
2.    O dirigente respondeu em alto e bom som.
3.    Via de regra, esse tipo de notícia estoura como uma bomba na federação.
4.    É preciso aparar as arestas e chegar a um denominador comum.
5.    Foram dar o último adeus ao companheiro, mas foram obrigados a dizer cobras e lagartos para o administrador do cemitério.
6.    A explicação do técnico deixou a desejar.
7.    Nada vai empanar o brilho da sua conquista.
8.    Sua contratação veio preencher uma lacuna.
9.    Pretendem encerrar o torneio com chave de ouro.
10.    O atacante estava completamente impedido.
11.    O todo-poderoso Manchester United perdeu para um desconhecido clube da terceira divisão.
12.    A festa não tem hora para acabar, mas amanhã o carioca volta à dura realidade.
13.    São imagens impressionantes que nos deixam uma lição de vida.
14.    Mas nem só de gols vive o atacante.
15.    O brasileiro finalmente poderá realizar o sonho do hexacampeonato.
16.    Resta saber se a direção do Flamengo vai pôr a ideia em prática.
17.    Bandidos fortemente armados invadiram o banco e transformaram o saguão numa verdadeira praça de guerra.
18.    As torcidas transformaram a arquibancada num verdadeiro caos.
19.    A Arena da Baixada virou um verdadeiro caldeirão.
20.    As ruas viraram verdadeiros rios, e o barco era o único meio de transporte.
21.    E o Atlético continua sua via crucis.
22.    A fúria da natureza deixou um rastro de destruição.
23.    O craque foi recepcionado por um batalhão de repórteres e cinegrafistas.
24.    A ousadia dos traficantes não tem limites.
25.    Para você ter uma idéia, foram sete pênaltis a favor em dez jogos..
26.    Cinco times ainda lutam para fugir do fantasma do rebaixamento.
27.    Neste ano, o título bateu literalmente na trave.
28.    Estava literalmente impedido.
29.    Muricy, durante a entrevista, estava literalmente sem saco.
30.    O Vasco adentra o campo de jogo.
31.    Com esta vitória, ele está carimbando o passaporte para o Mundial.
Clichê é o mesmo que chavão ou lugar-comum. Deve ser evitado para não caracterizar pobreza de estilo. Observe mais exemplos: acertar os ponteiros, rota de colisão, monstro sagrado, lenda viva, apertar os cintos, bola da vez, chover no molhado, cair como uma luva, de mão beijada, divisor de águas, página virada, tecer comentários, requintes de crueldade, vias de fato, tiro de misericórdia, agradável surpresa, calor senegalesco, ente querido, inteiro dispor, obra faraônica, sonho dourado, precioso líquido, profissional do volante, soldado do fogo, tapete verde, sonho vira pesadelo, pessoa humana, fazer o dever de casa, faz parte…
REDUNDÂNCIAS
Devem ser evitadas. Use apenas quando houver a intenção de ênfase:
1. “O empate acabou acontecendo no intervalo entre as expulsões.” (= Basta: “O empate acabou acontecendo entre as expulsões”);
2. “Deve usar dados estatísticos para consultas e pesquisas, como, por exemplo, o total de gols marcados na última Copa do Mundo.” (= Basta: “…como o total de gols marcados na última Copa do Mundo”);
3. “Ele acha que a atleta está sendo muito exigente consigo mesma.” (= Basta: “Ele acha que a atleta está sendo muito exigente consigo”);
4. “O técnico vai manter o mesmo time no jogo contra o Vasco.” (= Basta manter o time);
5. “O contrato foi assinado com o consenso de todos os envolvidos.” (= Basta consenso dos envolvidos);
6. “Foi contratado para ser a ponte de ligação da defesa com o ataque.” (= Basta: “Foi contratado para ser a ponte ou fazer a ligação …”);
7. “Não foge ao fato concreto de que sem Ronaldo não poderia nem sonhar.” ( fato real, fato verídico, fato acontecido também são redundâncias – basta dizer fato);
8. “Há muito tempo atrás, li num jornal.” (= Basta: “Há muito tempo, li num jornal”);
9. “Ele, nas duplas, não perdeu nem um set sequer.” (= Basta: “Ele, nas duplas, não perdeu um set sequer”);
10. “Fernando Henrique fez uma previsão otimista para o futuro.” (=Basta: “…fez uma previsão otimista”);
11. “O resultado do laudo, realizado pela Unicamp, será fornecido em uma semana.” (= Basta: “O laudo, realizado pela Unicamp, será…”);
12. “Esta cerca divide a Coreia em duas metades.” (= Basta: “…divide a Coreia em duas” ou “divide a Coreia ao meio”);
13. “O atacante tem de encarar de frente os zagueiros” (= Basta: “…encarar os zagueiros”).
E alguns ridículos: subir para cima, descer para baixo, entrar para dentro, sair para fora, ambos os dois, hemorragia de sangue, dar marcha a ré para trás, trens ferroviários, localizado a 50m do local, empréstimo temporário, ganhe grátis, protagonista principal, metades iguais, evidência concreta …
Dúvidas:
1.    O árbitro mandou repetir de novo a cobrança do pênalti;
2.    O contrato foi prorrogado por mais dois anos.
3.    A grande maioria é favor da sua contratação.