Estes últimos fazem parte da mais nova geração de romancistas. Eles tem sim contribuído para uma certa diminuição na leitura dos clássicos, porém, há um motivo bem forte: eles são incríveis!
O Alessando Martins publicou em seu blog o post “10 motivos para ler livros clássicos“.
Eu concordo que há obras praticamente obrigatórias para os amantes da literatura, mas não dispenso, de forma alguma, as fantásticas produções escritas atualmente.
Então, como resposta (e não pensem que isso é um conflito, foi uma sugestão do próprio Alessandro), listei 10 motivos para ler livros atuais:
- Os livros retratam a sociedade em que são escritos. Se você lê um livro escrito hoje, você se sente engajado nos motivos que levaram o autor a escrevê-lo. Você adquire um maior conhecimento do mundo onde vive;
- Ajudam a melhorar sua qualidade de vida. Eu não falo de auto-ajuda, no sentido pejorativo da palavra. Livros como os e Allan e Barbara Pease (Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? etc.), podem tornar um relacionamento a dois muito mais prazeiroso. Antigamente, não havia esse tipo de preocupação na literatura (não vou entrar na inevitável pergunta: O que é literatura?);
- Maior conhecimento do que vai ler, ainda antes de começar. Nunca houve tão boa classificação das obras. Se você quer um romance policial, algo sobre espiritismo, budismo, mitologia, história, psicologia, enfim. As próprias capas ajudam na identificação;
- Preocupação com a forma. Alguns podem achar um ponto falho (com o argumento de que o texto acaba se tornando artificial), mas os livros atuais são revisados e revisados e revisados. Assim, a obra chega ao leitor com a melhor qualidade possível;
- Valorização como um todo: o livro é uma produção universal. Antigamente, bastava escrever um texto no papel e sair distribuindo. Hoje, os trabalhos de publicação, revisão, editoração, criação da arte e os planos de divulgação fazem parte, diretamente, da produção literária;
- Você está atualizado. Ora, quem não precisa estar atualizado hoje em dia? É extremamente prazeiroso conversar sobre literatura com alguém, citando Pamuk, Brown, Yalom e outros;
- Você entende melhor o processo de evolução da literatura, da sociedade, da humanidade. Este item é para quem também lê os clássicos, e eu digo: leia os clássicos. Com a comparação entre as obras, entre os tempos em que foram escritas, fica mais fácil de entender muitos aspectos que levaram ao mundo em que vivemos hoje;
- Para acadêmicos: busque a intertextualidade. Novamente, comparando os livros clássicos com os atuais, você acaba encontrando aspectos semelhantes, situações em que as obras se relacionam. Em trabalhos acadêmicos, os olhos dos professores brilham ao ver esse tipo de comparação;
- Os best-sellers são clássicos. Ou será que os clássicos são best-sellers? Entenda que, aquilo que você está lendo hoje, vai continuar por gerações e gerações e poderá um dia se tornar “clássico”, no sentido em que conhecemos. Se você gosta de Shakespeare, Alighieri ou Sófocles que tal ser um dos primeiros a ler um clássico das gerações futuras? Quem não gostaria de ter lido Macbeth, ainda no séc. XVI?;
- Você aprende a pensar. Esta é quase uma crítica que eu tenho aos clássicos: eles lhe contam uma história, narram alguns conflitos e vão para o desfecho. Alguns livros atuais, como os de Orhan Pamuk, praticamente pedem a sua opinião o tempo todo. Você é convidado a participar da trama, discutir os acontecimentos, dar sua versão dos fatos, PENSAR SOBRE O QUE ACONTECE.
Destaco novamente: leia também os clássicos! Mas não deixe passar a oportunidade de ler as fantásticas obras que estão nas vitrines das livrarias. Vale a pena!
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