Carreira exige dedicação e vontade de servir e agradar.
Eventos esportivos mundiais prometem impulsionar a profissão no Brasil.
Para ingressar em uma das carreiras que mais prometem ganhar impulso com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil é necessário gostar de lidar com pessoas, de servi-las e satisfazê-las. Esta é uma das principais virtudes do profissional formado em hotelaria que deve ser um dos mais requisitados durante os grandes eventos mundiais esportivos sediados no país nos próximos anos.
Apesar de muitas pessoas acharem que o mercado de trabalho do hoteleiro está restrito a hotéis e restaurantes, as oportunidades têm sido cada vez mais ampliadas. Bancos, agências de turismo, companhias aéreas, parques, cruzeiros marítimos, shoppings e até laboratórios clínicos podem empregar um hoteleiro com objetivo de oferecer um atendimento mais qualificado ao público.
"Basta oferecer um serviço para precisar de alguém que saiba disso, e este é o hoteleiro", resume Cintia Goldenberg, coordenadora do curso de hotelaria da Universidade Estácio de Sá, em São Paulo.
Estudantes têm opção de fazer um curso técnico ou graduação, sendo que esta última garante formação mais completa e consequentemente salários mais altos. É durante os estudos que o aluno aprende o conceito de hospitalidade, como servir com cortesia, além de se preocupar com os detalhes do atendimento.
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Além do básicoProfessora da Estácio, Mariana Morato, lembra que o público de modo geral, principalmente com o aumento do poder aquisitivo da classe média, espera mais do que um atendimento básico.
"As pessoas buscam excelência e a hotelaria quer um profissional com brilho nos olhos que saiba servir com a alma. Cama e um chuveiro quentinho todo mundo tem. Agora um sorriso de um colaborador, a gentileza de uma camareira, não. As redes procuram a personalização do serviço", afirma Mariana.
O currículo da graduação mescla teoria e prática. Geralmente, o estudante passa por laboratórios de bar, governança, restaurante e cozinha nos primeiros semestres para aprender o operacional. Nos semestres finais, o curso, na maioria das vezes, promove atividade com foco em gestão e administração com aulas de marketing, finanças e recursos humanos. O estágio é obrigatório, e o domínio de outras línguas fundamental para a carreira, já que o hoteleiro poderá ter contato frequente com estrangeiros.
O estudante que tiver disposição para trabalhar nos fins de semana e feriados, além de ter vontade de aprender terá facilidade para ingressar no mercado, segundo a professora Mariana. "Tem muita vaga aberta em hotel em todo o Brasil. Tem muito currículo também, mas de profissionais sem o perfil do hoteleiro."
Mariana lembra que em início de carreira é comum que o profissional trabalhe na parte de operações de hotéis, ocupando cargos de mensageiro ou recepcionista. No entanto, a experiência é importante para que o profissional aprenda a lidar com vários tipos de problemas e no futuro possa ocupar um cargo de gerência. "É importante começar da base, porém o profissional tem de se dedicar muito à empresa. A gente se compara um pouco o profissional de hotelaria com um enfermeiro, como ele se dedica ao hospital, ao paciente, nós nos dedicamos ao hóspede."
No início de carreira, o salário do hoteleiro que ainda não concluiu o curso superior gira em torno de R$ 800.
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